Não sei por que o ser humano
nunca aprende com os exemplos dados, pois a fome se repete, a guerra se repete,
a prepotência se repete, o rancor se repete, o horror se repete, e nós, atados
e impotentes, ficamos a olhar pela tv, pela janela, pela íris... O ar ausenta
vez em quando e o povo foge sem rumo.
Foto: diariodoverde.com |
Não sou além de um colecionador
de palavras, e por isso, distribuo em repúdio, minhas lágrimas tecidas, linha a
linha, cor a cor, agulha a agulha.
Sou apenas um alfaiate de
emoções
Na minha tenda de gente.
Demasiado Humano
EUA
Não sou eu
Não sou eu
A roupa
Pode
ser
Os
nomes
Em
portas de mercados
Podem
ser
A
televisão global
Pode
ser e é
As
ditaduras latinas implantadas
Podem
ser e são
A
miséria é...
Mas eu
não sou EUA
E meu
peito chora os mortos
Também,
deste país que causou tanto
Terror
em terras distantes.
Mas eu
Não sou
EUA
E
lamento o medo que corrói esta nação,
Que
nunca escutou o medo de tantas nações
Neste
vasto mundo.
É que
sou latino brasileiro,
Sentimental,
humano.
Busco o
ser em cores tantas.
Busco o
ser em línguas tantas.
Busco o
ser em religiões tantas.
Busco
na igualdade
O
respeito das diferenças tantas.
Sou
demasiado humano!
Em mim
Não
chegará o terror desmedido,
Apoiado,
calculado, direcionado, catequizado...
Pois eu
Não sou
EUA
Sou as
cores diferentes do mundo.
Sou o
respeito do quintal do meu vizinho.
Sou o
cheiro do mundo, que ora,
Cabisbaixo
entra em minhas narinas,
Com
gosto amargo de potência
Impotencializando
o futuro de nosso planeta.
Sou
demasiado humano!
Choro
um rio que não molha,
Seca o
chão de minha alma.
Choro
um mar salgado
Que não
banha meu corpo em brincadeiras,
Mas
cobrindo os cortes de navalha nas paginas de minha pele.
Minha
cabeleira vasta
Deixou
de existir, ao vento.
Mas acredito
Pois sou demasiado humano!
Roma, um dia se foi...
Jean Cláudio
Nenhum comentário:
Postar um comentário