Há 71 anos, Leon Trotsky,
dirigente da revolução russa de 1917, junto a Lênin, era assassinado no México
por um assassino enviado por Stalin. Seu assassinato foi o ponto culminante de
uma política de perseguição, terror e morte que a burocracia stalinista tinha
lançado sobre ele e seus seguidores. Esta incluiu não só a morte de seus quatro
filhos e o assassinato de vários de seus colaboradores mais íntimos, mais ainda
o fuzilamento em massa de seus companheiros de luta que resistiam heroicamente
ao stalinismo nos campos de deportação e nas prisões da União Soviética.
O assassinato de Leon Trotsky foi
um frio cálculo político de Stalin, baseado na previsão de que a Segunda Guerra
mundial engendraria novamente a revolução, tal como havia ocorrido na primeira guerra
com a revolução russa em 1917. Trotsky encarnava a experiência viva da
revolução de Outubro. A crueldade de Stalin em acabar com sua vida se apoiava
no temor de que novos triunfos revolucionários questionassem a dominação
imperialista e com ela o domínio da própria burocracia na própria URSS.
Trotsky foi uma personalidade
revolucionária extraordinária. Junto a Lênin foi o mais importante teórico e
estrategista marxista do século XX e seu continuador na batalha por manter viva
a herança revolucionária de Outubro perante o ascenso do stalinismo e do
fascismo durante a década de ’30; uma década marcada pela maior crise
capitalista da história e o início de uma nova carnificina imperialista
mundial.
A justeza do combate de Trotsky
faz com que sua figura seja a personificação da continuidade revolucionária de
Marx, Engels, Lênin e da tradição revolucionária do marxismo, que só cresceu
com o passar do tempo. Trotsky soube manter a firmeza revolucionária quando
outros fraquejavam e ainda na situação mais hostil morreu convencido que o
futuro comunista era o único destino progressivo que poderia aspirar a
humanidade.
Hoje, frente a emergência da
crise capitalista mais profunda desde os anos ’30, que mostra os limites de um
período de triunfalismo burguês e o começo de um novo ciclo da luta de classes
mundial, o legado de Leon Trotsky recupera mais atualidade do que nunca. Só
esta herança, que afrontou as duras provas do século XX, pode apresentar-se
como o verdadeiro marxismo revolucionário de nossos dias.
Trotsky dedicou os últimos anos
de sua vida a construir a Quarta Internacional, o partido mundial da revolução
socialista. As crise capitalista mundial e os acontecimentos da luta de classes
que estamos vivendo em distintas partes do planeta antecipam o que virá, ao
mesmo tempo em que mostram a validez da perspectiva revolucionária do
trotskismo.
O PTS e a FT-QI lutam por um
programa e uma estratégia internacionalista com o objetivo de construir
partidos revolucionários da vanguarda trabalhadora e juvenil em todo o mundo
como parte da reconstrução da Quarta Internacional fundada por Leon Trotsky.
Fonte: LER-QI
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