Foto: anovademocracia.com.br |
Governo Dilma\Lula\PT: fascismo e
submissão à grande burguesia!
Desde o
dia 4 de abril, há mais de dois meses, 7 operários da obra de Jirau, em Rondônia,
estão desaparecidos! Em 3 de abril os alojamentos dos operários do
canteiro de obras de Jirau foram incendiados. Imediatamente o Consórcio Energia
Sustentável Brasil, responsável pala obra, formado pela construtora Camargo
Corrêa e a francesa Suez Energy acusou os operários de terem provocado o
incêndio. A “gerente” federal do Estado brasileiro Dilma Roussef (PT), e o
“gerente” estadual Confúcio Moura (PMDB) enviaram mais de 250 policiais, 113 da
Força Nacional de Segurança, 80 PMs da COE e 60 policiais do serviço ordinário
da PM, que ocuparam o canteiro de obras para reprimir a greve. Com escopetas e submetralhadoras,
ocupam o canteiro de obras de Jirau
e agindo como feitores, coagem os operários a aceitar calados a “ordem” da exploração!
Repressão assassina operários
Em 13/2/2012, o operário da Construtora Camargo Corrêa, Josivan França Sá, 24 anos, foi mortalmente
atingido por um tiro disparado pela polícia nas proximidades do terminal de
Jaci Paraná, em Porto Velho. Era início da madrugada e os operários aguardavam
há horas o transporte para os alojamentos. A demora provocou insatisfação e os operários protestaram contra o
desrespeito da construtora, quando a polícia foi chamada e os reprimiu
violentamente.
O operário Francisco Lima,
pedreiro, amazonense, morreu durante a
incursão policial. Sua filha, Soraia, contestou a versão da polícia de que
ele teria sido “vítima de um infarto”, pois apresentava diversos hematomas na
região dos braços e pernas. Além disso, ainda existem casos de mortes nas obras
por excesso de exploração.
As prisões e as arbitrariedades contra\os operários
Em 9 de
abril, a polícia civil iniciou a Operação Vulcano e prendeu operários qualificando
os de “indivíduos baderneiros” que “atentaram contra a ordem pública’’. Que “não respeitam a vontade da maioria em
voltar ao trabalho, tampouco à lei e a ordem". O secretário da Presidência
da República, Gilberto Carvalho, criminalizando os operários , cobrou punição
para os grevistas. Mais de mil operários
foram demitidos por “justa causa” ou forçados a pedir demissão.
Em seguida, 24
operários foram arbitrariamente encarcerados
no presídio Urso Branco, em Porto Velho (presídio este condenado pela
Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, por repetidas violações dos
direitos humanos). Depois de torturados e humilhados, foram jogados naquela
masmorra, recebendo o mesmo tratamento dado aos que são considerados pelo
Estado como criminosos da pior espécie. Tudo isso pelo crime
de participação na greve por condições dignas de trabalho e melhores salários.
Foram retirados algemados dos alojamentos ou pensões, sequestrados e mantidos
por 2 dias sem alimentação. Estiveram em cárcere privado dentro do canteiro de
obras de Jirau e depois levados para o presídio onde foram obrigados a dormir
no frio chão de cimento e sem materiais de higiene e limpeza.
A visita de
familiares foi restringida. O operário Julimilson Souza estava enfermo,
sangrando pelo nariz e não teve acesso a qualquer tratamento médico,
assim como os demais. Devido as péssimas condições carcerárias a que
foram submetidos, todos esses trabalhadores estão ainda com diversos ferimentos espalhados pelo corpo, debilitados e
deprimidos pela opressão.
OPERÁRIO
TORTURADO
O operário Raimundo
Braga, preso dentro da obra da Camargo
Corrêa e espancado por horas pela polícia, foi obrigado a deixar tudo que
tinha e foi levado algemado para o Urso Branco, onde, com outros, ficou dias
nas piores condições. A Camargo Corrêa, que
tem todo o apoio do governo, queria que Raimundo e os outros assinassem a
demissão por “justa causa”, dentro do presídio, o que, além de absurdo, é
ilegal.
SETE O perários estão desaparecidos
Além de
todas as prisões ilegais, torturas, espancamentos, ilegalidades e
arbitrariedades cometidas contra os operários que lutam por seus direitos, dos
24 presos em Jirau, com prisão reconhecida pela “justiça”, SETE estão
desaparecidos, desde a ação das forças de repressão. As famílias dos
trabalhadores, advogados voluntários e entidades que defendem os direitos do
povo buscam notícias e o paradeiro deles. No site YouTube foi postado um vídeo em que aparece um operário
baleado e sem identificação. Denunciamos os gravíssimos fatos ocorridos e
exigimos:
- A imediata
apresentação e libertação dos operários presos!
- A imediata
retirada das forças policiais de dentro das obras de Jirau!
- O cumprimento imediato dos acordos
trabalhistas firmados com os trabalhadores!
- A investigação dos crimes contra os
operários de Jirau e a punição dos responsáveis!
Centro
Brasileiro de Solidariedade aos Povos (Cebraspo)
Defender
o direito do povo defender os seus direitos!
www.cebraspo.org.br - cebraspo@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário