Pesquisar este blog

terça-feira, 22 de maio de 2012

Professores da Unifesp aderem à greve nacional; pelo menos 40 universidades estão paradas


Professores de cinco campi da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) decidiram entrar em greve nesta terça-feira (22) - apenas os professores de Guarulhos não aderiram à paralisação. A decisão foi tomada durante assembleia geral e faz parte do movimento nacional de paralisação das universidades federais. Os professores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) também decidem hoje se vão aderir à greve. Até o momento, 40 universidades estão paradas, além de 3 institutos federais.
Segundo Virgínia Junqueira, presidente da Adunifesp (Associação dos Docentes da Unifesp), os professores de Guarulhos participam das mobilizações, mas ainda não aderiram à paralisação porque os alunos da unidade estão em greve há mais de dois meses. A próxima assembleia geral está marcada para o dia 29 de maio. Os campi paralisados são: Baixada Santista, Diadema, Osasco, São José dos Campos e São Paulo.
Os professores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo)
 decidiram se juntar ao movimento nacional e decretaram
 greve por tempo indeterminado. Mais Leandro Moraes/UOL
Segundo o Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), a categoria luta pela reestruturação da carreira de docente e por melhores condições de trabalho.
O presidente da Adufrj (Associação dos docentes da UFRJ), Mauro Iazi, trabalha com uma tendência da aprovação da greve na assembleia marcada para as 12h30. “Vivemos a contradição da expansão do ensino superior, sem recursos para acontecer. É preciso a regulamentação do plano de cargos, carreiras e salários, a reestruturação da carreira, a valorização do professor”, declarou.
Na UFF (Universidade Federal Fluminense), os professores entram em greve hoje. Uma assembleia está marcada para as 14 horas no auditório da Faculdade de Educação para traçar os rumos do movimento grevista. Às 16 horas, os professores fazem manifestação na Praça do Araribóia, em frente à Estação das Barcas em Niterói.

No Nordeste, adesão bate os 80%
Na Paraíba, a greve se estende à UFCG (Universidade Federal de Campina Grande), do interior do Estado, deixando cerca de 17 mil alunos sem aulas. A instituição tem sete campi pelo interior da Paraíba e em todos houve adesão à greve. Tanto a Aduf-CG (Associação dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande) quanto a reitoria da instituição falam em 100% de adesão à greve que começou no último dia 17.
Já na UFPB (Universidade Federal da Paraíba), mais de 40 mil alunos estão sem aula também desde o dia 17.  A reitoria reconhece a forte adesão da greve (em torno de 90%) nos quatro campi da instituição: João Pessoa, Areia, Bananeiras e Rio Tinto. A UFPB conta com aproximadamente 2,5 mil professores.
Na UFPI (Universidade Federal do Piauí), segundo o presidente da Aduf-PI (Associação dos Docentes da Universidade do Piauí), Mário Ângelo Meneses, a greve atingiu todos os cinco campi. No campus da capital Teresina, a adesão é de aproximadamente 80%; no de Parnaíba, o número de docentes que apoiam o movimento chega perto de 90%. "De uma forma geral, podemos afirmar que a adesão à greve na UFPI é de 85% em todo o Estado", declarou. A reitoria da instituição não quis se pronunciar.
Segundo a Associação de Docentes da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco), a greve tem adesão de 95% dos professores na instituição e paralisa aulas nos três campi. A reitoria diz que “respeita” a decisão dos professores de paralisar as atividades. A UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) também está parada.
A UFMA (Universidade Federal do Maranhão), por sua vez, está com 80% dos docentes parados, segundo a associação de professores.  Além das reivindicações nacionais, estão na pauta local o limite no número de alunos por turma e de horas-aula (máximo de 12h para contratos de 40h) e a ampliação e reforma na estrutura física sejam planejadas de forma a atender as necessidades e especificidades de cada curso.
Já na Ufal (Universidade Federal de Alagoas), há pautas locais. As duas principais são: falta de segurança nos campi de Maceió e Arapiraca (que ficam ao lado de presídios e são alvos constante de invasões de presos em rota de fuga) e luta pela não terceirização dos serviços do Hospital Universitário. A assessoria de imprensa da universidade disse ao UOL Educação que não conseguiria não poderia informar se ainda existem alunos assistindo aulas nos campi, por não acompanhar a greve de perto.

Pautas locais na região Norte
De acordo com levantamento do UOL, 70% dos estudantes da Ufac (Universidade Federal do Acre), da UFRR (Universidade Federal de Roraima), da Ufam (Universidade Federal do Amazonas) e da Unir (Universidade Federal de Rondônia) estão sem aulas. Nestas duas últimas, a paralisação já atinge os campi no interior dos Estados. Procuradas, as reitorias das quatro universidades não quiseram comentar as paralisações.
No Amazonas, houve uma manifestação de estudantes a favor da paralisação. Funcionários da Ufam também se mostraram favoráveis ao movimento grevista dos professores e reivindicam reajuste de salário de pelo menos 7,5%. A reforma de unidades da instituição localizadas no interior também está na mesa dos servidores e professores.
Já em Rondônia, pelo menos cinco dos campi que a Unir mantém no interior do Estado aderiram ao movimento grevista iniciado pelos docentes da instituição na última quinta-feira. Além da demanda nacional, os professores da Unir reivindicam a contratação de novos técnicos e melhorias na infraestrutura da universidade.
Em Roraima, na UFRR, segundo o presidente do sindicato dos professores, Marcos Braga, a segurança dos campus faz parte da pauta de reivindicações. “Foram registrados assaltos nas adjacências da instituição colocando em risco a vida dos professores, alunos e visitantes. Também estamos lutando para que isso mude”, disse.
Por sua vez, a Ufac não enfrenta somente a greve docente da instituição. Os próprios servidores também ensaiam paralisar as atividades na próxima semana. O protesto é por melhores condições de trabalho. Se não houver acordo com o governo, a greve deve começar de vez em junho.

Nenhum comentário: