Professores de cinco campi da
Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) decidiram entrar em greve nesta
terça-feira (22) - apenas os professores de Guarulhos não aderiram à
paralisação. A decisão foi tomada durante assembleia geral e faz parte do
movimento nacional de paralisação das universidades federais. Os professores da
UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) também decidem hoje se vão aderir
à greve. Até o momento, 40 universidades estão paradas, além de 3 institutos
federais.
Segundo Virgínia Junqueira,
presidente da Adunifesp (Associação dos Docentes da Unifesp), os professores de
Guarulhos participam das mobilizações, mas ainda não aderiram à paralisação
porque os alunos da unidade estão em greve há mais de dois meses. A próxima
assembleia geral está marcada para o dia 29 de maio. Os campi paralisados são:
Baixada Santista, Diadema, Osasco, São José dos Campos e São Paulo.
Os professores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) decidiram se juntar ao movimento nacional e decretaram greve por tempo indeterminado. Mais Leandro Moraes/UOL |
Segundo o Andes-SN (Sindicato
Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), a categoria luta
pela reestruturação da carreira de docente e por melhores condições de
trabalho.
O presidente da Adufrj
(Associação dos docentes da UFRJ), Mauro Iazi, trabalha com uma tendência da
aprovação da greve na assembleia marcada para as 12h30. “Vivemos a contradição
da expansão do ensino superior, sem recursos para acontecer. É preciso a
regulamentação do plano de cargos, carreiras e salários, a reestruturação da
carreira, a valorização do professor”, declarou.
Na UFF (Universidade Federal
Fluminense), os professores entram em greve hoje. Uma assembleia está marcada
para as 14 horas no auditório da Faculdade de Educação para traçar os rumos do
movimento grevista. Às 16 horas, os professores fazem manifestação na Praça do
Araribóia, em frente à Estação das Barcas em Niterói.
No
Nordeste, adesão bate os 80%
Na Paraíba, a greve se estende
à UFCG (Universidade Federal de Campina Grande), do interior do Estado,
deixando cerca de 17 mil alunos sem aulas. A instituição tem sete campi pelo
interior da Paraíba e em todos houve adesão à greve. Tanto a Aduf-CG (Associação
dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande) quanto a reitoria da
instituição falam em 100% de adesão à greve que começou no último dia 17.
Já na UFPB (Universidade
Federal da Paraíba), mais de 40 mil alunos estão sem aula também desde o dia
17. A reitoria reconhece a forte adesão
da greve (em torno de 90%) nos quatro campi da instituição: João Pessoa, Areia,
Bananeiras e Rio Tinto. A UFPB conta com aproximadamente 2,5 mil professores.
Na UFPI (Universidade Federal
do Piauí), segundo o presidente da Aduf-PI (Associação dos Docentes da
Universidade do Piauí), Mário Ângelo Meneses, a greve atingiu todos os cinco
campi. No campus da capital Teresina, a adesão é de aproximadamente 80%; no de
Parnaíba, o número de docentes que apoiam o movimento chega perto de 90%.
"De uma forma geral, podemos afirmar que a adesão à greve na UFPI é de 85%
em todo o Estado", declarou. A reitoria da instituição não quis se
pronunciar.
Segundo a Associação de
Docentes da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco), a greve tem
adesão de 95% dos professores na instituição e paralisa aulas nos três campi. A
reitoria diz que “respeita” a decisão dos professores de paralisar as
atividades. A UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) também está parada.
A UFMA (Universidade Federal do
Maranhão), por sua vez, está com 80% dos docentes parados, segundo a associação
de professores. Além das reivindicações
nacionais, estão na pauta local o limite no número de alunos por turma e de horas-aula
(máximo de 12h para contratos de 40h) e a ampliação e reforma na estrutura
física sejam planejadas de forma a atender as necessidades e especificidades de
cada curso.
Já na Ufal (Universidade
Federal de Alagoas), há pautas locais. As duas principais são: falta de
segurança nos campi de Maceió e Arapiraca (que ficam ao lado de presídios e são
alvos constante de invasões de presos em rota de fuga) e luta pela não
terceirização dos serviços do Hospital Universitário. A assessoria de imprensa
da universidade disse ao UOL Educação que não conseguiria não poderia informar
se ainda existem alunos assistindo aulas nos campi, por não acompanhar a greve
de perto.
Pautas
locais na região Norte
De acordo com levantamento do
UOL, 70% dos estudantes da Ufac (Universidade Federal do Acre), da UFRR (Universidade
Federal de Roraima), da Ufam (Universidade Federal do Amazonas) e da Unir
(Universidade Federal de Rondônia) estão sem aulas. Nestas duas últimas, a
paralisação já atinge os campi no interior dos Estados. Procuradas, as
reitorias das quatro universidades não quiseram comentar as paralisações.
No Amazonas, houve uma
manifestação de estudantes a favor da paralisação. Funcionários da Ufam também
se mostraram favoráveis ao movimento grevista dos professores e reivindicam
reajuste de salário de pelo menos 7,5%. A reforma de unidades da instituição
localizadas no interior também está na mesa dos servidores e professores.
Já em Rondônia, pelo menos
cinco dos campi que a Unir mantém no interior do Estado aderiram ao movimento
grevista iniciado pelos docentes da instituição na última quinta-feira. Além da
demanda nacional, os professores da Unir reivindicam a contratação de novos
técnicos e melhorias na infraestrutura da universidade.
Em Roraima, na UFRR, segundo o
presidente do sindicato dos professores, Marcos Braga, a segurança dos campus
faz parte da pauta de reivindicações. “Foram registrados assaltos nas
adjacências da instituição colocando em risco a vida dos professores, alunos e
visitantes. Também estamos lutando para que isso mude”, disse.
Por sua vez, a Ufac não
enfrenta somente a greve docente da instituição. Os próprios servidores também
ensaiam paralisar as atividades na próxima semana. O protesto é por melhores
condições de trabalho. Se não houver acordo com o governo, a greve deve começar
de vez em junho.
Fonte: Bol
Notícias
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