Com as salas de aula vazias, e
uma adesão massiva à greve geral marcada para 14 das 17 comunidades autônomas
do Estado Espanhol, dezenas de milhares de estudantes e professores invadiram
hoje as ruas das principais cidades do país vizinho.
22 MAIO, 2012 - 18:45
Na origem dos protestos está o
corte gigantesco efetuado no sector educativo. Só este ano são menos 3000
milhões de euros. Em resultado do desinvestimento na escola pública, o governo
de direita defende o aumento de 20% dos alunos por turma, o aumento da carga
horária dos docentes e a diminuição do tempo para preparar as aulas. As
propinas universitárias deverão aumentar 66 por cento.
Dos jardim-de-infância à
universidade, as escolas do Estado Espanhol estiveram hoje fechadas ou a meio
gás. Os sindicatos falam numa adesão média de 80 por cento, mais forte nas
universidades, enquanto o governo tenta desvalorizar o sucesso da greve dizendo
que a adesão não passou dos 20 por cento.
O inédito protesto nacional de
24 horas, em todos os níveis de ensino, começou ontem com uma vigília noturna
em algumas das principais faculdades.
As principais cidades, como
Madrid, Valência, ou Sevilha, foram literalmente invadidas por milhares de
estudantes e professores, mas foi nas ruas de Barcelona que teve lugar a maior
manifestação. Os organizadores do protesto falam em 150 mil pessoas,
contestando o aumento de 500 euros nas propinas ou a diminuição do apoio social
aos estudantes.
No documento de estratégia
orçamental enviado pelo governo de Rajoy para Bruxelas, a percentagem do
produto dedicado à educação desce 4,9 por cento, em 2010, para uma previsão de
3,9 por cento em 2015. O corte de 10 mil milhões de euros, em cinco anos,
colocará a Espanha na cauda da Europa no que diz respeito ao investimento na educação.
Fonte: Esquerda.net
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