O recado foi claro. Foto de Paulete Matos |
Arménio Carlos diz, diante de milhares de pessoas em Belém,
que o esvaziamento da base social do governo só aconteceu porque a esmagadora
maioria do povo está contra ele e quer eleições antecipadas. Catarina Martins
afirma que um governo de remendos, feito da dança de cadeiras, será sempre uma
má solução.
6 JULHO, 2013
Milhares de pessoas enfrentaram o calor e concentraram-se em
Belém para reivindicar eleições antecipadas como saída para a crise que abalou
o governo Passos-Portas. A CGTP foi obrigada a cancelar o desfile que antes
estava previsto arrancar da Cordoaria Nacional devido ao sol tórrido, mas,
mesmo assim, muitas pessoas responderam ao apelo da central e de movimentos
sociais como o Que se Lixe a Troika ou os Precários Inflexíveis.
No seu discurso, Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP,
afirmou que “quando a esmagadora maioria do povo reclama eleições, o PSD e o
CDS fogem delas como o diabo da cruz porque sabem perfeitamente que se formos a
eleições é por demais evidente que eles vão perder uma parte dos votos, vão
sair do governo, vão passar muitos anos na oposição àqueles que tiverem a
oportunidade de fazer uma política de esquerda.”
Governo
de remendos
Presente na manifestação, Catarina Martins referiu-se à
anunciada solução do governo a que Passos e Portas terão chegado, dizendo que
“um governo de remendos, feito de dança de cadeiras entre pessoas que não estão
à altura da crise, será sempre instável e uma má solução para o país”.
Questionada sobre se tem esperanças de que o Presidente
Cavaco Silva convoque eleições antecipadas, a coordenadora do Bloco de Esquerda
disse que Cavaco Silva não tem estado do lado da solução da crise, tem estado
do lado “de manter o desastre, de manter o país sem soberania. E portanto,
muito nos divide do Presidente da República”, observou, confirmando que
naturalmente o Bloco se reunirá com Cavaco Silva na segunda-feira, “para lhe
dizer a nossa convicção de que quando a crise é grande, é a democracia, é a
soberania do povo que deve ser chamada a decidir”.
Fonte: Esquerda.net
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