Segundo a Fifa, só 3% dos ingressos foram
comprados por estrangeiros
Foto:- Nilton Fukuda/Estadão
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Os prejuízos e tormentos trazidos pela Copa das Confederações todos conhecemos. Mais ainda os que tiveram a má sorte de morar no entorno dos estádios reformados a todo custo com o erário público.No entanto, cadê os benefícios econômicos tão apregoados? (Almoço das Horas).
Segundo estudo do SPC Brasil, 85% das pessoas que foram aos estádios moravam no Estado em que o jogo foi realizado
08 de
julho de 2013 | 17h 47
SÃO PAULO
- A Copa das Confederações não movimentou o turismo interno nem atraiu muitos
turistas estrangeiros, informou nesta segunda-feira (8) o Serviço de Proteção
ao Crédito (SPC Brasil).
Segundo a Fifa, só 3% dos ingressos foram comprados por estrangeiros
De
acordo com pesquisa encomendada pelo órgão junto a torcedores das seis cidades
sede do evento, 85% das pessoas que foram aos estádios moravam no Estado em que
o jogo foi realizado. O SPC Brasil informou ainda que, segundo dados da Fifa,
apenas 3% dos ingressos foram comprados por torcedores estrangeiros.
"Uma
pesquisa anterior, realizada em abril deste ano, mostrou que 83% dos comerciantes
acreditavam que a Copa das Confederações traria novas oportunidades de
desenvolvimento para os negócios locais. A falta de turistas no evento, aliada
aos resultados das manifestações nas ruas, frustraram essas expectativas",
disse o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL),
Roque Pellizzaro Junior.
A
pesquisa também traçou o perfil do consumidor que foi aos estádios durante a
Copa das Confederações. De acordo com o levantamento, a maioria dos torcedores
era formada por homens (62%), solteiros (59%), com idade na faixa de 18 a 34
anos (60%), pertencentes às classes A e B (75%) e que foram aos jogos com
amigos (45%).
Os
dados mostram ainda que o consumo durante o evento foi direcionado para o setor
de serviços, como restaurantes, bares e boates. Segundo a sondagem, cerca de
70% das pessoas que foram aos estádios não compraram produtos para levar para
casa, como suvenires, roupas e artigos esportivos.
A nota
média dada pelos entrevistados para a Copa das Confederações foi sete, em uma
escala de zero a dez. Os estádios ficaram com o maior porcentual de avaliações
positivas (88%), seguidos de hospedagem (58%), comércio em geral (57%), bares e
restaurantes (56%) e turismo/cultura/eventos (52%). Já os piores foram
transporte público (48%), estacionamento (46%), mobilidade urbana (40%) e
aeroportos (29%).
A
pesquisa mostrou que 85% dos torcedores acham que o investimento pessoal para
ir aos estádios valeu a pena, porém 62% ainda consideram o Brasil despreparado,
de uma maneira geral, para a Copa do Mundo de 2014.
"O
público considerou a preparação adequada para um evento teste como a Copa das
Confederações, mas ainda falta melhorar para o evento principal", disse o
gerente financeiro do SPC Brasil, Flávio Borges.
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