Pesquisar este blog

sábado, 4 de agosto de 2012

Meu olho chorado


Meu olho chorado
Vê a tristeza
A alegria
Molha a seca em chuva
Molha meu papel de pele
Sangue jorra molhado vermelho
Azul
Céu, nuvem branca
Canção de olhos chorados
Índio Inca, Condor
Asa branca, Gonzaga
Seca e neve
Inundação de gente em mim
Seca de gente em mim
Asa de ave em mim
Caçadores de mim
Eu caçador de mim.
Minha mãe empurrando-me ao mundo
Mundo que vi a poesia brotar em mim
Primeiro choro, derradeiro choro
Minha mãe foi embora
Meu pai também
Meu irmão também
Alice também
Ficou poesia, pele deles, olho deles
Asa deles
Olho chorado meu
Asa de poeta, filhos andando
Semblantes de caminhar
Felicidade de viver
Poesia, poesia, poesia...
Ar que sustenta as asas de ave em mim
Condor, Asa Branca
Chão e céu
Viver e amar.
Guerra?
Só se for para limpar o preconceito.

 Beijo o mundo pela poesia
Mundo bom onde meus olhos alcançam
Com choro ou riso
Seca ou inundação de gente.
Novamente sou poeta por obrigação de gente.
Poesia, poesia, poesia...
Colibri beirou a minha janela
E disse-me um olá em pé no ar:
Tu és poeta?

Um cursor pisca sem resposta
Observando o colibri indo.
Lágrima banhada...

JeanClaudio
03/08/2012

Nenhum comentário: