Foto: FAO/Giulo Napolitano |
20/12/2013
por Onu Brasil
Cerca de 70% das novas doenças
que infectaram os seres humanos nas últimas décadas têm origem animal,afirmou
nesta segunda-feira (16) a agência alimentar das Nações Unidas, alertando que
está se tornando mais comum que doenças mudem de espécies e se espalhem na
população, em meio ao crescimento das cadeias de agricultura e de abastecimento
alimentar.
A expansão contínua das terras
agrícolas em áreas selvagens, juntamente com um ‘boom’ mundial da produção
animal, significa que “o gado e os animais selvagens estão mais em contato uns
com os outros, e nós mesmos estamos mais em contato com os animais do que
nunca”, disse Ren Wang, diretor-geral assistente da área de agricultura e
defesa do consumidor da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura
(FAO).
“Não podemos lidar com a saúde
humana, a saúde animal e a saúde do ecossistema de forma isolada, temos de
olhar para eles juntos, e abordar os condutores de surgimento de doenças,
persistência e propagação, ao invés de simplesmente correr atrás das doenças
depois que elas emergem”, acrescentou.
De acordo com o relatório
‘Pecuária Global 2013: Mudando as Paisagens das Doenças’, é necessária uma nova
abordagem – mais holística – para a gestão de ameaças de doenças.
O relatório busca entender como
as mudanças na forma como os humanos criam e comercializam animais têm afetado
o modo como as doenças surgem e se espalham.
A globalização e as mudanças
climáticas estão redistribuindo patógenos, vetores e hospedeiros, e os riscos
de pandemia para os seres humanos causada por patógenos de origem animal são
uma grande preocupação. Ao mesmo tempo, os riscos de segurança alimentar e
resistência aos antibióticos estão aumentando em todo o mundo, diz a agência da
ONU.
Fonte: Brasil de Fato
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