História (tempo e espaço), poesia, política, sociedade, cultura, economia, educação... Antes que o silêncio me torne cúmplice.
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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
Imperialismo e Ciência – Diálogos (UNL)
"Diálogos" trata-se de um programa integramente produzido pela Direção de Comunicação da UNL (Universidade Nacional del Litoral, Santa Fé, província de Santa Fé, Argentina. Consiste num ciclo de conversas (entrevistas) que protagoniza, em cada capítulo, duas pessoas destacadas a nível local, nacional ou internacional, sendo que uma delas assume o papel de entrevistador e guia do diálogo, fazendo emergir uma diversidade de temas e olhares acerca dos mesmos.
No Capítulo 36 de Diálogos registra o encontro do Diretor de Pós-graduação e Recursos Humanos da UNL; Mestrando em Ciências Sociais pela Universidad Nacional del Litoral; e Licenciado em Ciências Políticas pela Universidad Católica de Córdoba (UCC), Daniel Comba, com o Licenciado em Historia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Mestre e Doutor em Ciências Sociais (Política) da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Rubens José Mascarenhas de Almeida.
O tema central deste capítulo de "Diálogos" é "Imperialismo e Ciencia", e foi gravada no dia 29/10/2013, nas dependências da Biblioteca Central da UNL.
Fonte: Youtube
Apenas 124 pessoas concentram mais de 12% do PIB do Brasil
25/12/2013
As 124 pessoas mais ricas do
Brasil acumulam um patrimônio equivalente a R$ 544 bilhões, cerca de 12,3% do
PIB, o que ajuda a entender porque o país é considerado um dos mais desiguais
do mundo.
Estas 124 pessoas integram a
última lista de multimilionários divulgada nesta segunda-feira pela revista
‘Forbes’, que inclui todos os brasileiros cuja fortuna supera R$ 1 bilhão.
O investidor chefe do fundo 3G
Capital, Jorge Paulo Lemann, que acaba de adquirir a fabricante de ketchup
Heinz e é um grande acionista da cervejaria AB InBev e do Burger King, ficou
com o primeiro lugar.
A fortuna de Lemann, de 74
anos, chega a R$ 38,24 bilhões, enquanto o segundo da lista, Joseph Safra,
empresário de origem libanesa e dono do banco Safra, tem ativos de R$ 33,9
bilhões.
A maioria das fortunas
corresponde a membros de famílias que dominam as grandes empresas de setores
como mídia, bancos, construção e alimentação.
Entre os 124 multimilionários
brasileiros apenas o cofundador de Facebook, Eduardo Saverin, constituiu seu
patrimônio por meio da internet.
O empresário Eike Batista, que
chegou a ser o sétimo homem mais rico do mundo e perdeu parte de sua fortuna
pela vertiginosa queda do valor das ações de sua companhia petrolífera OGX e do
resto das empresas de seu conglomerado EBX, ficou em 52º lugar na lista.
A grande fortuna concentrada
por estes milionários comprova a veracidade dos indicadores oficiais que
classificam o Brasil como um dos países com maiores disparidades entre ricos e
pobres.
O índice de Gini do país foi de
0,501 pontos em 2011, em uma escala de zero a um, na qual os valores mais altos
mostram uma disparidade mais profunda entre ricos e pobres.
Cerca de 41,5% das rendas
trabalhistas se concentram nas mãos de 10% dos mais ricos, segundo dados do
censo de 2010, enquanto metade da população vivia, nesse ano, com uma renda per
capita mensal de menos de R$ 375.
Revista Exame, via ControVérsia
Aviões israelitas atacam a Franja de Gaza
Título original: Aviones israelíes atacan la Franja de Gaza
26/12/2013
Tres palestinos han resultado heridos este jueves como
consecuencia de ataques aéreos israelíes contra la sitiada Franja de Gaza.
El régimen de Israel alega que sus operaciones contra
Gaza son en respuesta a una operación con cohetes desde el enclave costero.
El martes, en el transcurso de las agresiones aéreas
del régimen israelí contra el sur de la Franja de Gaza, dos palestinos, entre
ellos una niña de 3 años, perdieron la vida y varios otros resultaron heridos.
Según grupos pro derechos palestinos, en el primer
semestre de 2013, más de una docena de palestinos fueron asesinados por las
fuerzas israelíes y cerca de 1800, entre ellos mujeres y niños, fueron
detenidos durante el mismo período.
Desde junio de 2007, cuando el Movimiento de
Resistencia Islámica Palestina (HAMAS), electo democráticamente, asumió la
administración del territorio palestino, el régimen de Israel ha impuesto un
férreo bloqueo contra Gaza, donde los residentes sufren, entre otras
vicisitudes, por el desempleo y la pobreza.
El régimen usurpador israelí ha privado a los 1,7
millones de palestinos residentes en la Franja de Gaza de sus derechos básicos,
tales como la libertad de circulación, atención médica, trabajo o acceso a la
educación.
Fonte: HispanTV
– Nexo Latino
Livro analisa o controle operário de fábricas no Brasil e Argentina
É possível que surjam
experiências que não fortaleçam o capitalismo dentro do sistema capitalista? O
que acontece quando o capitalista deixa de ser o proprietário da empresa e os
próprios trabalhadores a assumem? Trata-se de uma mudança de mãos que não altera
a lógica do próprio sistema capitalista?
Estas e outras perguntas são
abordadas num estudo amplo, profundo e contundente no livro Fábricas Ocupadas e
Controle Operário de Josiane Lombardi Vergano, ela mesma uma trabalhadora numa
fábrica controlada por operários. Pressenza foi ao seu lançamento, realizado no
ECLA – Espaço Cultural Latinoamericano, em São Paulo, no último dia 15 de
Setembro.
Resultado da tese de doutorado
em História da autora, o livro analisa as experiência de tais fábricas na
Argentina e no Brasil. Veja a seguir um pequeno trecho:
“A experiência do controle
operário e do controle social da produção, portanto, mesmo que isoladas, nascem
das contradições do capital, mas também permitem captar melhor estas
contradições e trazem em si um potencial para o desenvolvimento da ‘consciência
necessária’ ao processo de ruptura com a concepção que apresenta o sistema
capitalista enquanto forma única possível para organizar a sociedade e,
portanto, de certo que contribuem para ruptura com a condição de subordinação
dos trabalhadores (…) (*)”.
Com a ótica marxista, o livro
faz uma extensa análise do histórico das fábricas ocupadas por trabalhadoras,
desde as experiências europeias e russas, até chegar às experiências
latino-americanas recentes. Em especial analisa a Argentina e o Brasil,
centrando o estudo em quatro fábricas: a Zanon (Argentina), a Flaskô,
Interfibra e Cipla (Brasil). Segundo a autora, estas fábricas tiveram uma
proposta mais combativa e crítica inclusive das propostas dos respectivos governos.
A autora também explicita a
situação do movimento sindical em ambos os países, colocando uma visão crítica
dada a atitude sindical de (pouco) apoio ou sua total ausência quando se trata
de fábricas ocupadas por trabalhadores.
Além do mais, procura colocar a
questão do ponto de vista revolucionário, opondo-se à redução da questão em
termos somente de geração de emprego e renda excluindo a dimensão política,
como às vezes é colocada pelos que fundamentam a chamada Economia Solidária.
Feito com rigor acadêmico, é um
livro de fôlego, uma produção importante não somente porque a autora vive a
experiência que estuda, o que por si só já é raro em estudos acadêmicos . Mas
também por ser feito no ambiente das ciências humanas brasileiro, carente de
autores que complementem o campo da reflexão com o da ação. Uma contribuição
valiosa para os marxistas em geral e para todos que procuram respostas além do
capitalismo. Um grande auxílio para que o leitor responda se essas
experiências tem mesmo potencial para um horizonte além do arrogante sistema
atual que se apresenta como único, repetindo todos os outros sistemas que a
história humana já superou.
O livro é editado pelo Centro
de Memória Operária e Popular – CMPO. Para mais informações entre em contato
com: cemop@memoriaoperaria.org.br | 55 (19) 3832 8831 | Rua Marcos Dutra
Pereira, nº 300 – Parque Bandeirantes – Sumaré SP – 13181-720
(*) página 52
Fonte: Pressenza
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
Nada é impossível de mudar...
Bertolt Brecht
Nada é impossível de mudar,
Desconfiai do mais trivial,
na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que
parece habitual.
Suplicamos expressamente:
não aceiteis o que é de hábito
como coisa natural,
pois em tempo de desordem
sangrenta,
de confusão organizada,
de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada,
nada deve parecer natural
nada deve parecer impossível de
mudar.
Fonte: Youtube
Presente de grego do governo - mais um...
Título original: Nova tabela aumenta cobrança de imposto de renda em 2014
SÃO PAULO - Pelo 18º ano
seguido, a tabela do Imposto de Renda (IR) será corrigida abaixo da inflação em
2014. A defasagem, que deverá fechar esse ano próxima de 66%, faz com que o
Fisco chegue ao bolso de cada vez mais brasileiros, consumindo os seus novos
rendimentos. Essa discrepância ainda se soma ao aumento do salário mínimo,
também superior à correção da tabela. No próximo ano, o mínimo será elevado
para R$ 724, uma alta de 6,78% ante os R$ 678 atuais.
A tendência pode ser observada
desde 1996, quando houve o congelamento da tabela do IR, que durou até 2001.
Nos anos seguinte, todos os reajustes que ocorreram foram inferiores ao Índice
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O resultado disso é o aumento
da tributação sobre o assalariado. Em 1996, a isenção do imposto beneficiava
quem recebia até 6,55 salários mínimos, segundo levantamento da consultoria
Ernst & Young. Em 2014, essa relação despencará para 2,47. Assim,
brasileiros antes isentos por causa da baixa renda vão paulatinamente
ingressando na condição de contribuintes.
Base de cálculo mensal (R$)
|
Alíquota (%)
|
Parcela a deduzir do imposto (R$)
|
Até 1.787,77
|
--------
|
----------
|
De 1.787,78 até 2.679,29
|
7,5
|
134,08
|
De 2.679,30 até 3.572,43
|
15
|
335,03
|
De 3.572,44 até 4.463,81
|
22,5
|
602,96
|
Acima de 4.463,81
|
27,5
|
826,15
|
Novos valores. A última
correção automática da tabela entra em vigor a partir de janeiro e elevará em
4,5% as faixas de cobrança - contra uma inflação de 5,85% em 2013, pelo
IPCA-15. O porcentual de 4,5% é o centro da meta de inflação definida pelo
governo, mas o avanço dos preços no País segue bem acima desse patamar desde
2010.
As novas faixas do IR (veja a
tabela acima) já serão deduzidas na folha de pagamento em 2014 e valerão para a
declaração do IR de 2015. Pela nova tabela, passam a ser dispensados do
pagamento do imposto os empregados que recebem até R$ 1.787,77. Atualmente, o
tributo não é cobrado de quem ganha até R$ 1.710,78.
A alíquota de 7,5% passa a ser
aplicada para quem receber entre R$ 1.787,78 e R$ 2.679,29. Já o desconto de
15% passa a ser aplicado sobre a faixa salarial de R$ 2.679,30 até R$ 3.572,43.
A alíquota de 22,5% valerá em 2014 para quem recebe salários entre R$ 3.572,44
e 4.463,81. Por fim, a alíquota máxima, de 27,5%, vai incidir sobre vencimentos
superiores a R$ 4.463,81.
Campanha. Neste ano, o
Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco) lançou
uma campanha para obter 1,5 milhão de assinaturas para um projeto de lei que
muda a forma de correção do imposto.
A ideia é reduzir
gradativamente a discrepância em relação à inflação em um período de dez anos,
a partir de 2015. Além da correção da tabela, o projeto estabelece a taxação de
lucros e dividendos a partir de R$ 60 mil por ano. Desde 1995, esses valores
são isentos de IR no País. Essa nova tributação, de acordo com o Sindifisco,
financiaria as perdas com o reajuste da tabela e ainda haveria uma sobra.
Bianca Pinto Lima
Mário Braga
Fonte: Agência Estado
CARTA ABERTA À REDE GLOBO CONTRA A MENTIRA SOBRE OS PALESTINOS
22 de dezembro de 2013
A REDE GLOBO, DIREÇÃO E AUTOR
DA NOVELA "AMOR À VIDA", PRESTAM UM TRIBUTO AO ÓDIO E PRECONCEITO AO
EXIBIR CENA ONDE TRANSMITE O CONCEITO DE QUE TODOS OS PALESTINOS SÃO
TERRORISTAS.
ISSO DEMONSTRA O QUANTO ESSA
EMISSORA ESTÁ TOTALMENTE DESCONECTADA COM A REALIDADE DO CONFLITO PALESTINO
ISRAELENSE OU ESTÁ CONECTADA COM SETORES MINORITÁRIOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA
QUE PREGAM A DISCRIMINAÇÃO RACIAL, ÉTNICA E RELIGIOSA COMO FILOSOFIA DO AGIR E
PENSAR.
MAL SABEM ESSES SENHORES DESSA
EMISSORA QUE OS PALESTINOS SÃO ÁRABES E QUE NO BRASIL HÁ MAIS DE 12 MILHÕES DE
ÁRABES E SEUS DESCENDENTES (LIBANESES, SÍRIOS, LIBANESES, EGÍPCIOS, JORDANIANOS
E OUTRAS NACIONALIDADES ÁRABES).
MAL SABEM ESSES SENHORES QUE AO
OFENDER E DISCRIMINAR O POVO PALESTINO ESTÃO DISCRIMINANDO NÃO SÓ OS
BRASILEIROS ÁRABES, MAS TODA A NAÇÃO BRASILEIRA QUE RECEBEU DE BRAÇOS ABERTOS
ESSES ÁRABES QUE SEMPRE CONTRIBUIRAM PARA O DESENVOLVIMENTO E CONSTRUÇÃO DO
BRASIL.
A HISTÓRIA DA PRESENÇA ÁRABE NO
BRASIL ESTÁ PRESENTE DESDE ACHEGADA DE PEDRO ÁLVARES CABRAL. EM TODOS OS RAMOS
DA ATIVIDADE HUMANA ESTÃO PRESENTES OS BRASILEIROS DE ORIGEM ÁRABE: CULTURA,
CULINÁRIA, ECONOMIA,MEDICINA, ENGENHARIA, POLITICA, COMÉRCIO E TANTAS OUTRAS
ATIVIDADES.
EM VEZ DE PREGAR A PAZ ENTRE
ISRAELENSES E PALESTINOS, ENTRE ÁRABES E JUDEUS NO BRASIL, A DIREÇÃO DA REDE
GLOBO PREGA O CONFLITO, IMPORTA O CONFLITO DE MANEIRA IRRESPONSÁVEL E ENGAJADA.
ÁRABES E JUDEUS NO BRASIL NUNCA TIVERAM NENHUM TIPO DE PROBLEMA DE CONVIVÊNCIA
E DIÁLOGO AQUI NO BRASIL. A DIREÇÃO DA GLOBO NÃO QUER QUE CONTINUE ASSIM? A
QUEM ESTÁ PRESTANDO ESSE SERVIÇO DE GERAR ÓDIO E CONFLITO?
REPUDIAMOS, CONDENAMOS TAL
LINHA DE AÇÃO E EXIGIMOS QUE OS RESPONSÁVEIS PELA CENA SE RETRATEM E SE SE
DESCULPEM COM OS PALESTINOS E OS ÁRABES. É O MINIMO QUE PODERÃO FAZER PARA
REPARAR ESSA DESASTROSA CENA VISTA POR MILHÕES DE BRASILEIROS.
FEDERAÇÃO ÁRABE PALESTINA DO
BRASIL
Representante da comunidade
palestino brasileira
PARA
ENTENDER MELHOR O FATO:
Não costumo assistir televisão
e confesso que não é raro eu me surpreender com algum tipo de discussão
envolvendo algum episódio, personagem ou desinformação sendo difundida de forma
no mínimo leviana pela televisão brasileira. Se considerarmos que as
telenovelas também são possuidoras de uma importância cultural e política,
tendo em vista sua grande audiência e o fato de que elas deixaram de ser apenas
voltadas para o lazer para se tornarem um espaço cultural de intervenção para a
discussão e introdução de hábitos e valores, talvez seja possível percorrer
mais um caminho para se compreender a forma como os árabes - e mais
recentemente, os muçulmanos, são vistos no Brasil.
Em 2010, realizei um
levantamento exploratório com o intuito de verificar a quantidade de novelas em
que havia presente um ou mais personagens árabes. O objetivo foi averiguar
possíveis mudanças na forma como eles estão presentes no imaginário social da
população brasileira. Tal levantamento permitiu constatar que entre 1967 e 2009
personagens árabes apareceram com algum destaque em cerca de 10 telenovelas
nacionais. Desse total, os árabes adquiriram status de protagonistas principais
em apenas duas delas, a saber: "O Sheik de Agadir" (1967) e "O
Clone" (2001).
Um dos aspectos que mais chamou
a atenção foi que após 2001, ou seja, período correspondente àquele do atentado
de 11 de setembro ao World Trade Center nos EUA, a teledramaturgia brasileira
levou quase uma década até contar novamente com algum personagem de origem
árabe.
Curiosamente – ou não-, em
2009, a emissora de televisão Record lançou "Poder Paralelo", uma
novela que contou com dois personagens de origem árabe, os quais inauguraram uma
nova forma de representá-los na teledramaturgia brasileira aos caracterizá-los
como terroristas.
De lá para cá, eu não pude
acompanhar com a devida atenção o eventual aparecimento de personagens árabes
(e/ou muçulmanos) em novelas brasileiras, mas hoje me surpreendi ao ver uma
discussão no grupo Somos Árabes sobre um episódio ocorrido em um folhetim
exibido atualmente: "Amor à vida".
Como eu desconhecia atrama,
tentei ler os comentários deixados no grupo enquanto que me situava um pouco
melhor em relação ao assunto que teria gerado a polêmica. Por fim, após
pesquisar um pouco - provavelmente não com a atenção necessária, pois meu dia foi
super corrido, eu percebi que novamente a televisão brasileira tem prestado um
desserviço à população disseminando uma série de desinformações e estereótipos,
caricaturas e contribuindo para reforçar aquilo que o intelectual palestino
Edward Said já chamava atenção no final da década de 1970: o fato de que cada
vez mais o árabe aparece por toda a parte como algo ameaçador.
Se no Brasil esse imaginário
demorou algumas décadas até ganhar força, atualmente, parece que a nossa
televisão brasileira não tem se esforçado muito para esclarecer à população o
quão prejudiciais esses imaginários criados a respeito de culturas estrangeiras,
religiões etc. podem ser.
Lamento muito que o autor da
novela exibida atualmente, o senhor Walcyr Carrasco, não tenha sido capaz de
romper com esse ciclo de preconceito e desinformação a respeito do povo
palestino. Inacreditável pensar que cenas como essa que pode ser vista clicando
no link entre parênteses
(http://extra.globo.com/tv-e-lazer/telinha/amor-vida-persio-revela-que-foi-terrorista-cogitou-ser-homem-bomba-10926733.html)sejam
exibidas de forma irresponsável, e que não gerem no mínimo um repúdio por parte
de uma sociedade como a nossa, que convive com distintas presenças árabe sem
tantas esferas do cotidiano e, a meu ver, deveria possuir esclarecimento
suficiente para compreender que o sofrimento de um povo e as dramáticas
consequências devem ser tratadas com o devido cuidado e respeito.
Do contrário, enquanto
continuarem difundindo desinformação, mais ódio nascerá nos corações das
pessoas e mais distante da paz esse povo ficará.
Deixo aqui, em nome do Presença
Árabe no Brasil esta nota de repúdio ao autor da novela, sugerindo ainda, que
este senhor pesquise melhor sobre aquilo a que se propõe escrever, tratando com
respeito e responsabilidade assuntos sérios que envolvem tanto sofrimento e
dor. Demonizar uma religião ou um povo é um ato grave, irresponsável e possui
consequências desastrosas.
Patricia El-moor
–Presença Árabe no Brasil
Fonte: Fepal
................................................................
PARA QUEM QUISER E PUDER ENVIAR
SEU PEDIDO DE RETRATAÇÃO PORPARTE DO AUTOR DA NOVELA EM RELAÇÃO A EPISÓDIO
LAMENTÁVEL, LIGAR PARA A GLOBO,O TELEFONE É 400-22884, SEM DDD. É SÓ CHAMAR
DIRETO E FAZER A CRÍTICA.
quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
Boom! (System of a Down)
System of a Down
Onde
choram todos os seus prédios,
E gravatas
ignorantes trabalham.
Revoltantes casas de gramado falso,
Abrigando
todos os seus medos.
Dessensibilizado pela TV,
Exagero
de anúncios,
Deus do
consumo,
E todas
as suas fotos velhas
Parecendo
boas, efeito dos espelhos.
Filtrando
informação,
Do olho
público.
Designado
a dar lucro
A seu
vizinho, que cara.
BOOM! BOOM! BOOM! BOOM!
Cada vez
que você solta a bomba,
Você mata
o Deus em que o seu filho nasceu.
BOOM!
BOOM! BOOM! BOOM!
A globalização moderna,
Associada
a condenações,
Morte
desnecessária,
Corporações da Morte,
Manipulando suas frustrações,
Com a
bandeira cega,
Manufaturando consentimento,
É o nome
do jogo,
O
importante é o dinheiro,
Ninguém
dá a mínima.
Quarenta
mil crianças famintas morrem de fome,
A cada
hora,
Enquanto
bilhões são gastos em bombas,
Criando
chuvas de morte.
Cada vez
que você solta a bomba,
Você mata
o Deus em que o seu filho nasceu.
BOOM! BOOM! BOOM! BOOM!
Por que devemos matar nossa própria raça?
BOOM! BOOM! BOOM! BOOM!
Cada vez
que você solta a bomba,
Você mata
o Deus em que o seu filho nasceu.
BOOM! BOOM! BOOM! BOOM! BOOM! BOOM! BOOM!
Toda vez que você solta a bomba.
Assista ao vídeo:
Fonte: Letras.mus.br
"Televisores inteligentes" agem como espiões nos lares
Título original: Televisores inteligentes “espían” en los hogares
¿En qué otro lugar puede sentirse usted más seguro que
en su propia casa? Pero hoy hasta en nuestra cama podemos estar bajo el control
del ‘ojo omnipresente’. Y el culpable es un dispositivo que se encuentra en
casi todos los hogares: el televisor.
Puede sonar más como el argumento de una película de
ciencia ficción futurista, pero estas escenas ya suceden todos los días en
pueblos y ciudades de todo el mundo y en la mayoría de los casos, las víctimas
no tienen ni idea de que alguien puede estar observando qué ropa llevan puesta,
qué alimentos han comido, qué programa de TV han visto y cada paso que dan.
Estos ‘vigilantes’ pueden ser delincuentes o trabajar para grandes
corporaciones y ahora saben sus secretos más íntimos.
En pocas palabras, nuestros televisores han comenzado
a espiarnos y esto es algo que está comprobado.
La semana pasada un consultor de tecnologías de la
información, Jason Huntley, residente en un pueblo cerca de la ciudad de Hull,
en el condado ceremonial de Yorkshire del Este, Reino Unido, descubrió que su
televisión inteligente de pantalla plana, colocado en su sala de estar desde
este verano, estaba invadiendo la privacidad de su familia, informa ‘The Daily
Mail’.
Huntley comenzó a investigar el dispositivo de marca
LG que le costó 400 libras esterlinas (unos 649 dólares) después de darse
cuenta de que su pantalla de inicio estaba mostrándole anuncios basados en los
programas que él había estado viendo.
Fue entonces cuando el británico decidió controlar la
información que el televisor inteligente que se conecta a Internet estaba
enviando y recibiendo. Lo hizo mediante el uso de una computadora portátil como
puente entre su televisor y el receptor de Internet, por lo que el portátil era
capaz de mostrar todos los datos que eran obtenidos por el ‘dispositivo espía’.
Pronto el informático descubrió que no solo todos los
detalles de cada programa que estaba viendo, sino también sobre cada botón que
pulsaba en su mando, estaban siendo enviados de nuevo a la sede corporativa de
LG en Corea del Sur.Allí, la empresa de electrónica parecía estar utilizando
los datos personales de sus clientes para ganar más dinero, enviando videos
promocionales de productos que potencialmente podrían parecerles interesantes.
El LG de Huntley había enviado a la sede de la
compañía también el contenido de su colección privada de videos digitales que
estaba viendo en el televisor, incluyendo filmaciones de celebraciones
familiares que contenían imágenes de su esposa y sus dos hijos pequeños.
Pero lo más preocupante de toda la situación fue que
el dispositivo continuó el envío de dicha información a Corea, incluso después
de que Huntley ajustara la configuración predeterminada para desactivar el
intercambio de datos.
El británico escribió acerca de su experiencia en su
blog, después de que el caso llamase la atención de los principales medios de
prensa del país, lo que obligó al gigante LG a abrir una investigación.
“La privacidad del cliente es una prioridad”,
afirmaron los representantes de la compañía. “Estamos investigando informes de
que cierta información de visualización en televisores inteligentes LG era
compartida sin su consentimiento”, añadieron.
No obstante, expertos en informática destacan que la
investigación de Huntley probablemente es solo la punta del iceberg. Según
ellos, los nuevos televisores inteligentes que se conectan a Internet cada día
entran en más hogares por todo el mundo y cada uno de ellos puede ser
fácilmente ‘hackeado’, ya que a diferencia de las computadoras, es imposible
instalarle un antivirus por la falta del ‘software’ necesario.
Así, por ejemplo, un delincuente que tiene unos
mínimos conocimientos de informática podría obtener los detalles de las
tarjetas de crédito que los usuarios suben al televisor para realizar el pago
de las películas que descargan o el uso de aplicaciones comerciales.
Otro descubrimiento inquietante que recientemente
hicieron los expertos fue que es posible acceder de forma remota a las cámaras
de vídeo integradas en miles de televisores inteligentes y recibir las imágenes de cada paso que dan
los usuarios en su propia casa, siempre que estén al alcance del objetivo de
ese dispositivo.
(Con información de RT), 28/11/2013
Fonte: Cuba Debate
Ateus ou agnósticos tendem a agir mais por compaixão do que os mais religiosos, diz estudo
Para
os mais religiosos, a generosidade é baseada menos na emoção e mais em fatores
como doutrina, senso de comunidade ou cuidado com reputação
Pesquisa feita na Universidade
da Califórnia, em Berkeley, sugere que pessoas muito religiosas são menos
motivadas pela compaixão ao ajudar um estranho do que ateus e agnósticos.
Em três experimentos,
cientistas detectaram que a compaixão é o que faz pessoas menos religiosas
serem mais generosas. Já para os mais crentes,
compaixão não tem tanta relação com generosidade, segundo os resultados
publicados na revista Social Psychological and Personality Science.
Os dados desafiam a noção de
que atos de generosidade e caridade são motivados por empatia e compaixão.
Segundo os pesquisadores, isso acontece mais com pessoas menos ou nem um pouco
religiosas.
"Nós descobrimos que, para
pessoas menos religiosas, a força da conexão emocional com a outra pessoa é
fundamental para determinar o quanto o outro será ajudado ou não", diz o
psicólogo social Robb Willer, coautor do estudo. Ele conta que para os mais
religiosos, no entanto, a generosidade é baseada menos na emoção e mais em
fatores como doutrina, senso de comunidade ou preocupações com a reputação.
A compaixão é definida no
estudo como a emoção que sentimos ao ver outra pessoa sofrendo e nos motiva a
ajudar, mesmo que isso nos traga algum custo.
O estudo analisou a relação
entre compaixão, religião e generosidade, mas não identificou o motivo pelo
qual religiosos agem menos por compaixão do que os outros. Os pesquisadores
acreditam, no entanto, que essas pessoas são mais guiadas por um senso de
obrigação moral.
"Nossa hipótese é que a
religião muda a forma como a compaixão tem impacto no comportamento
generoso", afirma Laura Saslow, que participou da pesquisa como estudante
de doutorado.
Ela relata que decidiu estudar
o assunto depois de ouvir um amigo lamentar que havia feito uma doação às
vítimas do terremoto do Haiti apenas depois de assistir a um vídeo emocionante
em que uma mulher era salva dos destroços, e não pela compreensão lógica de que
era preciso ajudar.
Fonte: Uol
Notícias
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
RBBA Convida para publicação de dossiê sobre a ditadura
A Revista Binacional
Brasil/Argentina – Diálogo entre as Ciências (RBBA – ISSN: 2316-1205), agora
inserida no Latindex,
convida pesquisadores e intelectuais diversos que trabalham com o tema da
ditadura para publicação de dossiê (artigos, resenhas, entrevistas...) de sua
5ª edição.
O eixo central sob o qual este
número versará será “Estado e Memória:
diálogos interdisciplinares sobre processos autoritários” e priorizará os
processos ditatoriais ocorridos no Brasil e Argentina, nos anos 1960/70. A
eleição do tema diz respeito ao retorno de sua discussão no contexto
latino-americano, quando a sociedade reclama uma revisita às reflexões acerca
do fenômeno, quando, especialmente, no Brasil se recorda os 50 anos da
emergência do último processo ditatorial e, na Argentina, um processo de busca
de justiça contra os responsáveis por aquele fatídico acontecimento naquele
país.
A RBBA trata-se de uma
publicação eletrônica organizada pelos grupos de pesquisa que atuam nos
programas de Pós-graduação: Linguagem e Sociedade, da Universidade Estadual do
Sudoeste da Bahia (UESB-BR) e Didáctica de las Ciencias Experimentales de la
Universidad Nacional del Litoral (UNL-ARG), articulados com o Museu Pedagógico
da UESB.
As submissões se encontram
abertas até o dia 03 de março de 2014, sendo que, para efetuá-las, os trabalhos
podem ser encaminhados diretamente ao Site da RBBA e/ou ao e-mail da Revista. As normas para submissão
e as diretrizes para os autores, assim como demais informações também poderão
ser encontradas no site.
José
Rubens Mascarenhas de Almeida (UESB- Brasil)
Lívia
Diana Rocha Magalhães (UESB- Brasil)
Luciano
Alonso (UNL- Argentina)
A maioria dos produtos “made in china” são fabricados por trabalhadores escravos
Título original: La mayoría de los productos “made in china” son fabricados por trabajadores esclavos
En China, niños entre 12 y 17 años fabrican juguetes en condiciones de esclavitud
Trabajan entre 14 y 18 horas. Tienen 15 minutos para
comer y cuatro horas para dormir en cuchitriles situados en las mismas
fábricas. Al anochecer, las trabajadoras son registradas para comprobar que no
han robado nada. Con sus puertas de metal y sus barrotes en las ventanas, estos
talleres parecen más un cuartel militar. Así es como los chinos son
competitivos.
Montar, empaquetar, montar, empaquetar, montar,
empaquetar,… Las 600 jóvenes trabajan como robots, sin levantar la mirada,
darse un respiro o hablar entre ellas. Todas han llegado del campo tratando de
salir de la pobreza y aquí están, montando y empaquetando muñecos de plástico,
entre 14 y 18 horas al día, 15 minutos para comer, permisos reducidos para ir
al servicio y cuatro horas para soñar que en realidad no están durmiendo en los
cuchitriles situados en la última planta de la fábrica. Una ruidosa sirena les
devuelve a la realidad y anuncia el nuevo día mucho antes de que amanezca. Las
empleadas saltan de la cama, se ponen las batas y forman en línea antes de
correr escaleras abajo hacia sus puestos. La gigantesca nave está situada en
las afueras de Shenzhen, la ciudad más moderna del sur de China, rodeada de
otros almacenes parecidos, más o menos grandes, algunos con más de 5.000
empleadas.
En China se las conoce como dagongmei o chicas
trabajadoras. Jóvenes y adolescentes dispuestas a producir, producir y producir
sin descanso por un sueldo de 15.000 pesetas al mes del que los jefes descuentan
la comida y lo que llaman “gastos de alojamiento”. Las cientos de miles de
factorías de mano de obra barata repartidas por todo el país son la otra cara
de ese made in China que ha invadido las tiendas de todo el mundo, desde los
artículos de las tiendas de Todo a 100 a las lavadoras o la ropa de marca. Y
para las dagongmei, estas fábricas son su casa, su familia, su celda.
En ellas los supervisores se encargan de que no
descansen y de que la producción nunca disminuya.
Cada trabajadora es registrada al finalizar la jornada
para comprobar que no se ha llevado ninguna unidad de los juguetes, llaveros,
gorras o cualquier otra cosa que estén fabricando dentro del sinfín de
productos elaborados a precio de saldo.
Si quebrantan las reglas internas o no rinden al nivel
esperado, un sistema de penalizaciones permite a los jefes reducir el sueldo o
los ocho días de vacaciones que se conceden al año. “Hay que vigilarlas; si no,
se relajan”, dice entre risas el patrón de una fábrica de Shenzhen que
confecciona diminutos juguetes de plástico.
Miles de empresas estadounidenses y europeas -entre
ellas medio centenar de españolas-subcontratan fábricas chinas similares a esta
para llevar sus productos a Occidente al mejor precio. “Si no fuera así, no
sería rentable y nos iríamos a otro país”, reconoce un empresario
estadounidense que mantiene cerca de 40 talleres en el delta del río de la
Perla, donde trabajan seis millones de dagongmei.
No son ni siquiera la décima parte de las que hay en
todo el país, alrededor de 70 millones. Sobrecogida por esta realidad, la
profesora del Centro de Estudios Asiáticos de la Universidad de Hong Kong, Pun
Ngai, se decidió a pasarse por una campesina más, buscó una factoría y pasó
seis meses viviendo y trabajando en una fábrica de productos electrónicos de
Shenzhen para comprobar cómo viven las explotadas trabajadoras chinas.
El dormitorio donde fue alojada, situado en la última
planta, tenía compartimentos donde debían dormir hacinadas hasta 15 jóvenes. La
mayoría de ellas sufría de anemia, dolores menstruales o problemas en la vista,
en el caso de las que tenían que montar diminutos productos a ojo sin apenas
descanso. Otras enfermaban envenenadas por el contacto con productos químicos
utilizados en el trabajo o simplemente desfallecían de cansancio tras
interminables jornadas en las que se les daba de comer un simple plato de arroz
al día.
“Les niegan todos los derechos, no tienen el permiso
de residencia aunque pasen 10 años trabajando en el mismo lugar. Las tiendas o
los médicos de las ciudades donde están situadas sus fábricas les cobran más
que al resto de los vecinos”, asegura la profesora, que ha reunido su
experiencia en varios informes.
Las pesquisas de Pun Ngai no son las únicas. La
investigación de un periódico de Hong Kong descubrió en agosto pasado que los
juguetes que la multinacional de hamburguesas Mc Donald´s regalaba en sus
promociones en el país asiático estaban siendo elaborados en China por
adolescentes de entre 12 y 17 años. Las menores trabajaban sin descanso de
siete de la mañana a 11 de la noche, todos los días de la semana. En ocasiones
la jornada se alargaba hasta las dos de la mañana a cambio de un sueldo de 400
pesetas al día y una habitación de 25 metros cuadrados a compartir con otras 15
chicas.
El Comité Industrial Cristiano de Hong Kong, una ONG
que se dedica a rescatar a los pequeños
que trabajan en esas condiciones, envió un equipo de
investigadores a la fábrica subcontratada por la cadena de restaurantes
americana. Las historias que escucharon se parecían todas a las de Wang
Hanhong, de 12 años: “Mis padres no querían que viniera. Lloré e imploré para
que me dejaran porque quería ver el mundo. Mi familia tiene otros tres hijos,
pero todos van al colegio. Quiero ahorrar dinero para que mis padres puedan
sobrevivir”.
Círculo vicioso
Es un círculo casi indestructible. Por una parte, las
multinacionales americanas o europeas no tienen que responder por las
condiciones de sus fábricas en países del Tercer Mundo y ahorran costos
laborales. Por otra, los gobiernos locales tampoco están interesados en
espantar la inversión extranjera haciendo demasiadas preguntas.
Y las fábricas se multiplican. La empresa Chun Si
Enterprise, por ejemplo, fue contratada por la mayor cadena de supermercados
del mundo, Wall-Mart, para que confeccionara bolsos de mujer en su factoría de
Zhongshan, en la provincia sureña de Guangdong. Más de 900 trabajadoras
permanecían encerradas todo el día, salvo los 60 minutos de descanso y comida
establecidos. Los guardias golpeaban constantemente a las empleadas y les
multaban por faltas como “la utilización excesiva del servicio”.
De la media docena de fábricas subcontratadas por
empresas occidentales visitadas, sólo una mantenía las mínimas condiciones. El
resto estaban sucias, mantenían a las empleadas trabajando en horarios
ilegales, con sueldos míseros o habían sido convertidas en cárceles donde las
ventanas estaban bloqueadas con barrotes y las puertas cerradas con llave las
24 horas del día.
En un intento de contrarrestar las crisis de
relaciones públicas que tenían que afrontar cada vez que se denunciaban abusos,
las grandes multinacionales comenzaron a contratar equipos de inspección más o
menos independientes a mediados de los años 90. No sirvieron de mucho.
“Los controles han sido un fracaso porque las empresas
no tienen ninguna intención sincera de cambiar el sistema”, según el Comité de
Trabajo Nacional (NLC), una asociación de EE.UU. que centra sus denuncias en
empresas americanas. Los inspectores de Wall-Mart, por ejemplo, nunca
descubrieron las irregularidades en su centro de producción en China y sólo una
denuncia periodística logró en 1999 revelar lo que estaba sucediendo.
Un cuartel militar
En la entrada de la factoría de la marca deportiva
Nike de Jiaozhou, en la provincia de Shandong, se puede leer su famoso lema:
“Just Do It” (Simple-mente, hazlo). Dentro, 1.500 jóvenes, siempre menores de
25 años, trabajan 12 horas al día, según el NLC. Se trata de una pequeña parte
de los más de 100.000 chinos que fabrican prendas deportivas Nike en todo el
país, a los que hay que sumar 70.000 personas en Indonesia y 45.000 en Vietnam.
“Con su puerta de metal y sus barrotes en las ventanas, la fábrica se parece
más a un cuartel militar que a una factoría”, asegura en su informe NLC, que
describe como “papel mojado” los códigos de conducta crea-dos por las
multinacionales.
Pero son las fábricas de productos Todo a 100, unas
gestionadas y explotadas por empresas chinas y otras por empresarios
extranjeros, las que peores condiciones tienen. La presión para abaratar los
precios es mayor y detrás del negocio suelen estar compañías desconocidas que
no tienen que cuidar su nombre. El lema es producir mucho, barato y rápido. Los
accidentes entre las trabajadoras o incendios como el que ocurrió recientemente
en una nave de Shenzhen en el que perdieron la vida 80 personas, son
contingencias cotidianas.
La política de contratación en estos talleres del Todo
a 100 es no admitir a mujeres mayores de 25 años, pero en ocasiones los
gestores se saltan su propia regla si la candidata tiene hijos pequeños
dispuestos a sumarse a la cadena de producción sin cobrar nada a cambio.
Las madres sí cobran, pero el sistema leonino de
sanciones tiende a reducir su retribución a unas 5.000 pesetas al mes: se
recorta la paga de una hora por cada minuto de retraso en el trabajo, se
penaliza con otras cinco horas las ausencias para ir al servicio o se retira
completamente la mensualidad a las que se comporten de modo incorrecto.
La situación en China es especialmente desesperante
para las víctimas de los abusos porque el gobierno comunista mantiene la
ilegalización de sindicatos y asociaciones de trabajadores. “Aquellos que
tratan de unirse para defender los derechos de los trabajadores son
encarcelados. La gente tiene miedo de decir lo que les está pasando, aunque las
condiciones sean extremadamente duras y no hayan recibido una sola paga durante
meses”, asegura Han Dongfeng, editor del Boletín del Trabajador en China y
disidente encarcelado tras las manifestaciones de Tiananmen en 1989 por
movilizar a los trabajadores. “Estoy en contacto con gente que trabaja en las
factorías y a menudo me cuentan el miedo que le tienen a los jefes. Les he
pedido que se unan y luchen por lo que es suyo”, dice Han.
Hacia la prostitución
e esta forma, las dagongmei, abandonadas a su suerte y
sin nadie que las defienda, trabajan hasta que sus cuerpos aguantan y después
regresan a sus pueblos con lo puesto. El perfil de la “chicas trabajadoras” de
China es casi siempre el mismo: jóvenes de entre 14 y 25 años, sin estudios
secundarios y dispuestas a enviar más de la mitad de su sueldo a sus pueblos de
origen. Muchas, cada vez más, terminan dejando las factorías para prostituirse.
“Es mejor que trabajar en la fábrica”, dicen las muchachas que ya han dado el
paso y ofrecen sus cuerpos abiertamente en las calles del centro de Shenzhen.
No muy lejos, en la planta de fabricación de muñecos,
la jornada termina cuando se ha cumplido el objetivo de producción impuesto por
los supervisores, nunca antes de las dos de la madrugada.
Aunque las 600 trabajadoras han tratado de mantener el
tipo durante horas, varias han sido descubiertas exhaustas, completamente
inconscientes, con la cabeza reposando sobre la mesa de montaje. Este mes
tendrán que ver cómo su sueldo queda recortado a la mitad.
“Hay muchas chicas dispuestas a venir aquí, así que la
que no trabaje bien se puede volver al pueblo”, explica el capataz, cuyo sueldo
depende también del número de camiones que se logren llenar con la producción.
No existe un lugar mejor para ver hasta qué punto el pueblo chino está pagando
con sudor y con lágrimas que la ropa, los electrodomésticos o los juguetes que
compran los occidentales se vendan lo más barato posible. Así suena la matraca
incesante de la ley del made in China: montar, empaquetar, montar, empaquetar.
Fonte: Wordpress
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