Acusado de racista, homofóbico e, agora, de estelionatário (o processo pode ser acompanhado clicando AQUI.), antecedentes credenciam o pastor eleito presidente da Comissão
de Direitos Humanos da Câmara para o cargo. Só lhe falta agora a carteirinha do CCC (Comando de Caça aos Comunistas) (Almoço das Horas).
Por João Domingos
O novo presidente da Comissão
de Direitos Humanos da Câmara, Marco Feliciano (PSC-SP), é réu no Supremo
Tribunal Federal (STF) pelo crime de estelionato. Feliciano, que foi eleito
nesta quinta-feira, mesmo com a rejeição de grupos que representam as minorias,
é acusado de ter inventado um acidente no Rio de Janeiro para justificar a
ausência em evento no Rio Grande do Sul, para o qual já havia recebido cachê,
passagens e hospedagem.
De acordo com a denúncia do
Ministério Público, o deputado deveria comparecer no dia 15 de março de 2008 ao
Estádio Municipal Silvio de Farias Correia, em São Gabriel (RS), município de
60 mil habitantes, a 320 quilômetros de Porto Alegre, para um show gospel que
reuniu 7 mil pessoas. O hoje deputado, estrela principal da festa, faria o
encerramento. Caravanas interessadas em ouvir as pregações de Marco Feliciano
foram atraídas até São Gabriel.
Dona da produtora responsável
pelo show gospel, a advogada Liane Pires Marques afirmou que fez publicidade em
todo o Rio Grande do Sul, com TV, folhetos e rádios. Disse que pagou cachê,
transporte aéreo, hotel de primeira categoria, tudo o que foi exigido. Mas a
grande atração do evento não compareceu. Por causa da ausência do hoje
presidente da Comissão de Direitos Humanos, a advogada disse que ficou
desmoralizada, foi xingada pelos presentes e nunca mais conseguiu fazer um
show.
Marco Feliciano disse à
reportagem que de fato foi contratado para o show. "Eu não sou cantor. Sou
pregador e iria lá como pregador". Segundo ele, houve um contratempo e não
pôde comparecer. "Dias depois, recebi uma intimação judicial. A empresa
cobrava R$ 1 milhão de prejuízo. Eu não paguei, é óbvio. Eles haviam adiantado
R$ 8 mil para a viagem. Eu então tentei devolver o dinheiro, mas não consegui.
Tive de entrar na Justiça e já ressarci os prejuízos, com correção
monetária". Ele não soube explicar por que o processo ainda está no STF,
pois, na sua opinião, já deveria ter sido extinto, visto que devolveu o
dinheiro.
"Imagina só. Pediram R$ 1
milhão de indenização da minha parte. Esses familiares de pessoas que foram
acidentadas no voo da TAM (desastre ocorrido em 2007, quando um Airbus 320 não
conseguiu parar na pista de Congonhas e bateu contra um prédio da própria
empresa, matando 199 pessoas) discutem se vão receber R$ 100 mil. Foi um
exagero o que a empresa pediu e eu não aceitei pagar aquela quantia",
disse ele. Na entrevista ao Congresso em Foco, a advogada que processa
Feliciano informou ter gasto mais de R$ 100 mil na época.
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Fonte: Br.notícias
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