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sábado, 23 de março de 2013

Câmara paulistana homenageará Rota por atuação na ditadura


Enquanto todo o Cone Sul caminha na direção da cobrança dos crimes e criminosos do regime militares, vejam o que acontece na “Casa do povo” de São Paulo. Lá, entende-se que devem ser homenageados – e não rechaçados, repulsados... – os serviços prestados pela ROTA à ditadura militar, responsável por desaparecimentos, torturas, assassinatos reconhecidos pelo próprio Estado brasileiro. O proponente, o vereador coronel Telhada, do quadro do PSDB. Esperemos o desfecho. (Almoço das Horas).

A Câmara de São Paulo aprovou a concessão da Salva de Prata — homenagem da Casa cedida em sessão solene pelos relevantes serviços prestados a sociedade – ao batalhão das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota).

O projeto de decreto legislativo 02-00006/2013, de autoria do vereador coronel Telhada (PSDB), justifica a homenagem, dentre outras coisas, pelas “campanhas de guerra”, como os feitos da companhia chamada Boinas Negras que atuou durante a ditadura militar perseguindo guerrilheiros da esquerda como Carlos Lamarca e Carlos Marighella.

Na justificativa, Telhada diz que a Rota se destacou no que a Polícia Militar chama de campanha do Vale do Rio Ribeira do Iguape, em 1970, “para sufocar a Guerrilha Rural instituída por Carlos Lamarca”.

O texto de Telhada aprovado pelos vereadores, retirado do portal da PM, também conta a história da origem dos Boinas Negras.

A sessão em que será feita a homenagem ainda não tem data marcada.
Fonte: Poder online

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