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Ao mesmo tempo em que há um aumento da repressão aos moradores
de rua pela Guarda Civil Metropolitana, há um aumento no número de incêndios
nas favelas. A política higienista da direita visa atender a especulação
imobiliária
O número de incêndios nas
favelas de São Paulo tem se multiplicado.
No final de agosto, as favelas
de São Miguel Paulista, na Zona Leste, do Areião, na Zona Oeste e na região da
Mooca foram incendiadas.
Recentemente, a favela Sônia
Ribeiro, na Zona Sul, também foi incendiada. Ficaram desabrigadas 1.140
pessoas. A favela ocupa 12 mil metros quadrados, dos quais 4,5 foram atingidos
pelo incêndio.
Um menino de 15 anos teve
queimaduras de primeiro e segundo graus na face e nas mãos e uma pessoa caiu de
um barraco e fraturou as pernas.
Segundo os moradores, a origem
do incêndio foi em um lixão, que fica ao lado da favela. Alguém possivelmente
colocou fogo e causou o incêndio que se espalhou por toda a favela.
Os moradores relataram que não
era a primeira vez que passavam por essa situação.
Alguns moradores montaram
barracas no meio da rua e outros buscaram abrigo em entidades assistenciais.
A prefeitura afirmou que os
1.140 moradores já estavam cadastrados pela Secretaria Municipal de Habitação e
que, portanto, vão receber auxílio-aluguel durante seis meses.
A ação rápida da prefeitura é
um indício de que possivelmente se trata de um incêndio criminoso, ou seja,
planejado pela própria prefeitura para desabrigar os moradores da favela.
Isso se soma ao fato de que já
ocorreram mais de 30 incêndios em favelas em todo o ano.
Se fosse um problema meramente
climático, os incêndios teriam ocorrido também em outras regiões, não
unicamente em favelas.
Ao mesmo tempo, a política
nazista do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab e do governador do Estado,
Geraldo Alckmin leva a crer que todos esses incêndios foram causados de maneira
proposital.
Em maio desse ano, Kassab
tentou cassar a licença de trabalho dos camelôs. A prefeitura cassou 4 mil
licenças, mas a Defensoria ganhou ação na Justiça contra a medida.
Outra medida higienista de
Kassab foi a ação na cracolândia. A prefeitura mandou PM com bombas e gás
lacrimogêneo para retirar usuários de crack da região.
A última medida aprovada por
Kassab foi proibir entidades assistenciais de distribuir sopas aos moradores de
rua.
O secretário municipal de
Segurança Pública Edson Ortega chegou a declarar que as instituições que
descumprissem a medida seriam punidas.
A violência da Guarda Civil
Metropolitana (GCM) contra moradores de ruas é algo amplamente conhecido pela
população.
A GCM rouba documentos, roupas
e pertencentes dos moradores, além de agredir e torturá-los. Em reportagem à
rede SBT, um guarda declarou que a ordem da prefeitura é que a GCM retire todos
os moradores de rua do centro de São Paulo.
Existe inclusive uma ação do
Ministério Público para que a prefeitura pague indenização a um fundo público
pelas violações cometidas.
Alckmin foi o responsável por
desalojar centenas de famílias do Pinheirinho, que agora está sendo leiloado
por milhões de reais.
A política da direita é uma
política higienista de afastar os pobres do centro da cidade e desapropriá-los
de terrenos em favor da especulação imobiliária.
Os misteriosos incêndios nas
favelas se somam a outras ações da prefeitura e do governo de São Paulo que
demonstram se trata de uma política higienista.
Fonte: PCO.Org
Um comentário:
Quero ver a Elite higienizar o PCC paulista!
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