Idosa recebe vacina em hospital de Hong Kong, país com sistema de saúde mais eficiente. (Foto: Arquivo/Getty Images) |
Levantamento da consultoria Bloomberg foi feito em 48 países que têm PIB per capita acima de US$ 5.000
Amanda
Polato (Texto)
Natália
Durães e Renato Tanigawa (Arte)
13/09/2013
Nos últimos meses, propostas de
melhorias no sistema público de saúde brasileiro têm sido alvo de debate. A
presidente Dilma Rousseff anunciou o Programa Mais Médicos, que, entre outras
medidas, prevê a contratação de médicos estrangeiros para atuar em locais onde
faltam profissionais. A classe médica se opôs à medida, dizendo que o problema
é a falta de investimentos em infraestrutura. Médicos não vão trabalhar no
interior do país por falta de condições, dizem as entidades. No Congresso,
parlamentares mudaram uma proposta do governo para destinar recursos dos
royalties do petróleo também para a saúde, não apenas para a educação. Nesta
semana, a lei foi sancionada. Em uma década, as áreas receberão R$ 112,25
bilhões, segundo estimativas oficiais. Desse total, 25% irá para a saúde.
Dilma sanciona sem
vetos lei sobre royalties para saúde e educação
Mais recursos bastam para
melhorar o atendimento? Não necessariamente, diz um estudo sobre eficiência de
sistemas de saúde feito recentemente pela consultoria norte-americana
Bloomberg. Altíssimos gastos não implicam na melhor qualidade dos serviços e
dos indicadores sociais de um país.
O levantamento colocou o Brasil
em último em uma lista com 48 países. Foram levados em consideração os custos
da saúde e a expectativa de vida da população. O ranking não trata dos melhores
serviços de saúde do mundo, porque outros itens precisariam ser avaliados, mas
oferece uma medida geral da qualidade em função do custo.
O Brasil investe na área mais
que o dobro que a Venezuela (26ª posição), mas a expectativa de vida é
semelhante – a média por aqui é de 73,4 anos e no país de Nicolás Maduro, 74,3.
Líder em gastos (17,2% do PIB per capita), os Estados Unidos estão na 46ª posição,
perdendo apenas para a Sérvia e o Brasil. A expectativa de vida dos americanos
é de 78,6 anos.
No topo da lista está Hong Kong
que, investindo 3,8% do PIB per capita, consegue oferecer um bom sistema
público de saúde. Segundo o governo, além de procurar garantir a qualidade dos
serviços à toda população, os serviços privados são controlados de perto para
manutenção dos altos padrões.
Fonte: Revista
Época
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