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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O Governo Dilma e a economia: o menor crescimento desde o governo Collor


O governo do PT nos últimos dois anos produziu um crescimento pouco maior de 2% revelando o total fracasso da sua política econômica
27 de novembro de 2012
O crescimento brasileiro entre os anos de 2011 e 2012 deve chegar a 2,1%, na média, segundo dados divulgados pelo Boletim Focus do Banco Central. O crescimento previsto para 2012 é de cerca de 1,5%.
Este é o pior resultado desde o governo Collor, ou seja, cerca de 20 anos. Nos dois primeiros anos do governo Collor a média de crescimento foi de quase zero, 0,25%.
No governo FHC a média não foi muito diferente, 3,2% no primeiro mandato e 2,3% no segundo e, no governo Lula, 3,4% e 5,6% respectivamente. Estes não são resultados muito melhores que os obtidos por Dilma, mas mostram que ao contrário do que o governo diz exaustivamente, o Brasil não está a caminho do primeiro mundo, com crescimento constante do País, mas está indo em direção a um colapso de grandes proporções.
Segundo especialistas, o governo só está aplicando a política do consumo, mas sem investimento na produção. "Esses resultados ruins não serão salvos com políticas pontuais, como a desoneração do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos automóveis, que ajudou muito o resultado do terceiro trimestre, que esperamos ser de 0,9% na margem (comparação com o anterior) (...) mesmo com um quarto trimestre ainda melhor (1,1%), o resultado será de 1,3% no ano" (O Estado de S. Paulo, 26/11/2012).
Uma das soluções apresentadas seria aumentar ainda mais o ataque à classe trabalhadora com a desindexação do salário mínimo.
Segundo o ex-presidente do Banco Central, Carlos Thadeu de Freitas, o custo unitário do trabalho “está muito alto” e “esse custo é pressionado para cima pela política do salário mínimo, que todo ano tem um aumento real de valor (...) precisamos de uma mini-agenda de crescimento que comece por desindexar o salário mínimo"(idem).
Esta política faria com que os salários fossem aumentados sem nenhum tipo de padrão, ou seja, haveria uma desvalorização ainda maior da renda dos trabalhadores, pois os aumentos seriam dados ao gosto dos patrões.
As expectativas dos economistas é um crescimento até mesmo menor que os 1,5% do governo para 2012. Este traço de crescimento da economia brasileira, praticamente nulo, demonstra como o País está mergulhado na crise econômica e que uma recuperação e um crescimento real não vão acontecer, pois o governo não está interessado nos investimentos na indústria interna, para aumentar a produção e desenvolver o País, mas na política de migalhas que é da exportação de matérias primas.
Fonte: PCO

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