Enquanto isso, as políticas econômicas do governo continuam a encher as burras dos especuladores financeiros. O custo desta conta é o solapamento dos serviços públicos: Educação e saúde à frente. E dá-lhe privatização (centralização capitalista) e "parcerias público/privada". Privataria pura!!!
Por Wellton Máximo
Brasília – Depois de superar a barreira
de R$ 2 trilhões em dezembro, a Dívida Pública Federal (DPF) deverá encerrar o
ano numa faixa entre R$ 2,1 trilhões e R$ 2,24 trilhões. Os números foram
divulgados hoje (21) pelo Tesouro Nacional, que apresentou o Plano Anual de
Financiamento (PAF) da dívida pública em 2013.
De acordo com o PAF, que
apresenta metas para a dívida pública para este ano, o governo pretende
continuar a melhorar a composição da DPF em 2013, ampliando a fatia de títulos
prefixados (com taxas de juros fixas e definidas antecipadamente) e vinculados
à inflação e diminuindo a parcela corrigida por taxas flutuantes como a Selic
(juros básicos da economia) e pelo câmbio.
Segundo o documento, a fatia
dos títulos prefixados deverá encerrar o ano entre 41% e 45% da DPF.
Atualmente, a participação está em 40%. A parcela corrigida por índices de
preços deverá ficar entre 34% e 37%. Hoje, está em 33,9%.
A parcela da DPF vinculada a
taxas flutuantes deverá cair de 21,7%, registrado atualmente, para uma faixa
entre 14% e 19%. Já a participação da dívida corrigida pelo câmbio,
considerando a dívida pública externa, deverá encerrar 2013 entre 3% e 5%. O
percentual atual está em 4,4%. Os números não levam em conta as operações de
compra e venda de dólares no mercado futuro pelo Banco Central, que interferem
no resultado.
Em 2012, a DPF registrou a
melhor composição da história. A queda da participação de títulos corrigidos
por taxas flutuantes foi possível porque o governo fez duas operações de trocas
de papéis que reduziram a exposição da dívida à taxa Selic.
Essas operações reduziram o
risco da dívida pública, porque os títulos vinculados à Selic pressionam o
endividamento do governo quando os juros sobem. Caso o Banco Central reajuste
os juros básicos, a parte da dívida interna corrigida pela Selic aumenta
imediatamente. A taxa de juros dos papéis prefixados é definida no momento da
emissão e não varia ao longo do tempo. Desta forma, o Tesouro sabe exatamente
quanto pagará de juros daqui a vários anos, quando os papéis vencerem e os
investidores tiverem de ser reembolsados.
O Plano Anual de Financiamento
também prevê que o governo tentará aumentar o prazo da DPF. No fim de 2012, o prazo
médio ficou em quatro anos. O PAF estipulou que ficará entre 4,1 anos e 4,3
anos no fim de dezembro. O Tesouro divulga as estimativas em anos, não em
meses. Já a parcela da dívida que vence nos próximos 12 meses encerrará o ano
entre 21% e 25%. Atualmente, está em 24,4%.
O documento ressaltou ainda que
o Tesouro Nacional possui dois mecanismos de segurança para assegurar a
capacidade de financiamento do governo em caso de crise econômica que não
permita ao Tesouro lançar títulos no mercado. Em primeiro lugar, o Tesouro tem
um colchão de R$ 9,7 bilhões de compras antecipadas de dólares, suficiente para
pagar 61% da dívida externa a vencer até 2015. Além disso, o governo tem
reservas em caixa para cobrir cerca de cinco meses de vencimentos da DPF.
Por meio da dívida pública, o
Tesouro Nacional emite títulos e pega dinheiro emprestado dos investidores para
honrar compromissos. Em troca, o governo compromete-se a devolver os recursos
com alguma correção, que pode seguir a taxa Selic, a inflação, o câmbio ou ser
prefixada.
Fonte: Br.Notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário