71% das doações a candidatos a prefeito de capitais foram ocultas
Sábado, 01 de Dezembro
de 2012 - 16:40
Um levantamento feito pelo site
G1 mostra que 71% das doações feitas a candidatos às prefeituras nas capitais
do Brasil foram "ocultas", ou seja, repassadas indiretamente por meio
de comitês e diretórios dos partidos nas eleições 2012. O percentual está acima
do nacional, de 20,6%. Os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram
ainda que as doações entre comitês e diretórios dos partidos dificultam ou
impossibilitam saber quem é o doador do candidato. Contudo, pela primeira vez,
é possível traçar quem são os maiores doadores das legendas e as siglas que
mais arrecadaram foram também as que mais elegeram candidatos neste ano.
Segundo o levantamento, dos R$ 489,5 milhões recebidos, R$ 350 milhões foram
repassados indiretamente por diretórios dos partidos ou comitês. Nas capitais,
16 candidatos receberam 100% das doações de forma "oculta", como
revelam as prestações de contas de Anaí Caproni (PCO), em São Paulo; Jerônimo
Maranhão (PMN), em Manaus; Cyro Garcia (PSTU), no Rio de Janeiro; e Teresa
Surita (PMDB), única mulher eleita prefeita em uma capital neste ano, em Boa
Vista. Apenas 36 candidatos às prefeituras das capitais declararam não ter
recebido de nenhuma fonte indireta, contra 142 que declararam recurso obtido
por meio de comitês e diretórios. Os números divulgados pelo TSE mostram que
PMDB e PSDB, partidos que mais receberam doações de campanha, também foram os
que mais elegeram prefeitos no país, 1.031 e 702, respectivamente. O PMDB
arrecadou R$ 222,9 milhões, enquanto que o PSDB conseguiu R$ 128,2 milhões. Em
seguida aparecem PSB, a sigla que obteve o maior número de prefeituras nas
capitais do país; PT, terceiro a conquistar mais prefeituras e o que mais
conquistou o Executivo de cidades grandes; e PSD, que, em sua primeira eleição,
elegeu 497 prefeitos.
Fonte: Bahia
Notícias
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