por Conceição Lemes
Assim como Eldorado dos Carajás
(PA) terá seu nome definitivamente associado ao maior massacre do Brasil rural
– o Massacre de Carajás –, São José dos Campos (SP) será sempre lembrado pelo
maior massacre do Brasil urbano – a desocupação do Pinheirinho.
No último domingo, 22 de abril,
fez três meses que, por ordem da juíza Márcia Loureiro, do governador Geraldo
Alckmin e do prefeito Eduardo Cury, 1.600 famílias (cerca de 8 mil pessoas)
foram expulsas cruel e violentamente de suas casas com a roupa do corpo.
Uma barbárie perpetrada pela
tropa de choque de 2 mil policiais (Guarda Civil Metropolitana e PM), debaixo
do nariz do representante do Tribunal de Justiça de São Paulo. Trabalhadores
espancados, um baleado nas costas, dois óbitos de alguma forma relacionados à
reintegração de posse, pais barbarizados (tiveram armas apontadas para a
cabeça) na frente dos filhos, animais mortos a tiros. Tudo o que tinham – de
moradia, móveis, geladeiras, computadores, TV a brinquedos, livros, fotos,
filmes, documentos – foi destruído.
Gente (a maioria) que ficou sem passado, vive um presente miserável (há
pessoas morando na rua) e não sabe qual será o futuro.
“Além de danos físicos,
psíquicos e patrimoniais aos ex-moradores, a operação Pinheirinho já custou aos
cofres municipais R$ 10,3 milhões e há indícios de irregularidades”, denuncia o
vereador do PT Wagner Balieiro. “Suspeita-se que se aproveitaram da desgraça
das famílias despejadas para gastos irregulares. ”
“ALGUMA
MÃE DINAH AJUDOU PREFEITURA A ‘PREVER’ NÚMERO DE REFEIÇÕES”
Levantamento feito por
vereadores do PT de São José dos Campos, com base em dados oficiais, revela
desmandos. Chamam a atenção, por exemplo, os R$2,2 milhões gastos com 300 mil
marmitex e 150 mil cafés.
Toda a denúncia pode ser lida
em: viomundo
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