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As contas do governo mostram que o problema da crise social vivida pelo país não se trata da falta de recursos, mas do trato dado a eles. O sindicalpetismo atualmente na administração estatal no Brasil transfere a maior parte da fatia da riqueza produzida pelos trabalhadores para especuladores de banco e bolsa, a custo do desmonte da educação, da saúde e da segurança públicas. Para acobertar seu vínculo com o capital financeiro, o sindicalpetismo usa de retóricas de diversos matizes: lei de responsabilidade fiscal (e de irresponsabilidade social), crise internacional (que o ex-presidente dizia ser uma marolinha no Brasil), etc... etc... Veja a matéria:
PRISCILLA OLIVEIRA
O governo central (composto pelo Tesouro Nacional, Banco
Central e INSS) registrou superavit primário de R$ 7,55 bilhões em março, alta
de 40,7% em relação a fevereiro (R$ 5,4 bilhões) segundo divulgação nesta
quarta-feira (25) do Tesouro Nacional.
O superavit primário é a economia que o governo faz para o
pagar parte dos juros da dívida pública.
O Tesouro contribuiu com saldo positivo de R$ 9,4 bilhões,
enquanto a previdência social (RGPS) e o banco Central apresentaram deficits de
R$ 1,8 bilhão e R$ 63 milhões, respectivamente.
No primeiro trimestre o superavit primário alcançou R$ 33,75
bilhões. O resultado representa que 34,8% da meta de superavit, de R$ 139,8
bilhões, de 2012 foi cumprida.
O resultado foi alcançado devido ao bom desempenho da arrecadação,
que subiu 7,32%, em termos reais, no primeiro trimestre deste ano.
Segundo o secretário do Tesouro, Arno Augustin, o resultado
demonstra que a tendência é de cumprimento com tranquilidade da meta de
superávit primário do ano, que é de R$ 139,8 bilhões.
"Estamos continuando uma tendência já demonstrada nos
dois primeiros meses de um bom resultado fiscal e uma possibilidade bastante
tranquila no cumprimento do primário do ano", afirmou o secretário.
No acumulado até março, o resultado superou em R$ 8,1
bilhões, o verificado no mesmo período de 2011.
O Tesouro apurou receita de R$ 60,65 bilhões, alta de 3,3%
na relação com o registrado em fevereiro (R$ 58,71).
A Previdência teve receitas de R$ 22,22 bilhões, ante
despesas de R$ 23,98 bilhões.
Já o BC teve resultado negativo em março, com receitas de R$
227,8 milhões, ante R$ 290,8 milhões de despesas.
Fonte: Folha
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