Chamada de Brazuca,
a bola que será usada no Copa da Fifa já está à venda nos shoppings e lojas de
material esportivo do país, ao preço de R$ 400.
Mas, antes de chegar às lojas,
milhares de trabalhadores a produzem. E bem longe do Brasil: no Paquistão, mais
precisamente na cidade Sialkot. É ali que os operários paquistaneses trabalham
dia e noite para atender às ordens da multinacional alemã Adidas, dona da bola
da Copa, após fechar contrato milionário com os donos da Fifa.
A cidade Sialkot tem no total
2.000 empresas produzindo não só bolas, mas vários materiais esportivos para a
Nike, Adidas e Reebok e que depois serão vendidos em shoppings do mundo
inteiro.
A cidade paquistanesa, no
entanto, não foi escolhida por acaso para receber as fábricas dessas grandes
empresas. Após o pequeno aumento de salários que ocorreu na China, as empresas
foram em busca de outros países que lhes permitissem continuar obtendo seus
superlucros. Encontraram o Paquistão. Lá podem pagar salários ainda mais
miseráveis aos operários e impor jornadas de trabalho de mais de dez horas.
Prova disso, é que os 1.800 trabalhadores da empresa Foward Sports, contratada
pela Adidas para produzir as bolas, recebem por mês o salário de 10.000 rúpias
ou cerca de R$ 220. Ou seja, ganham, por mês, metade do preço que a Adidas vai
ganhar por cada bola vendida. A essa violenta exploração dos trabalhadores
paquistaneses os economistas burgueses chamam de globalização da economia.
Da Redação de A
Verdade
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