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domingo, 15 de junho de 2014

Operários que produzem bola da Copa ganham R$ 220 por mês

14 de junho de 2014

Chamada de Brazuca, a bola que será usada no Copa da Fifa já está à venda nos shoppings e lojas de material esportivo do país, ao preço de R$ 400.

Mas, antes de chegar às lojas, milhares de trabalhadores a produzem. E bem longe do Brasil: no Paquistão, mais precisamente na cidade Sialkot. É ali que os operários paquistaneses trabalham dia e noite para atender às ordens da multinacional alemã Adidas, dona da bola da Copa, após fechar contrato milionário com os donos da Fifa.

A cidade Sialkot tem no total 2.000 empresas produzindo não só bolas, mas vários materiais esportivos para a Nike, Adidas e Reebok e que depois serão vendidos em shoppings do mundo inteiro.

A cidade paquistanesa, no entanto, não foi escolhida por acaso para receber as fábricas dessas grandes empresas. Após o pequeno aumento de salários que ocorreu na China, as empresas foram em busca de outros países que lhes permitissem continuar obtendo seus superlucros. Encontraram o Paquistão. Lá podem pagar salários ainda mais miseráveis aos operários e impor jornadas de trabalho de mais de dez horas. Prova disso, é que os 1.800 trabalhadores da empresa Foward Sports, contratada pela Adidas para produzir as bolas, recebem por mês o salário de 10.000 rúpias ou cerca de R$ 220. Ou seja, ganham, por mês, metade do preço que a Adidas vai ganhar por cada bola vendida. A essa violenta exploração dos trabalhadores paquistaneses os economistas burgueses chamam de globalização da economia.

Da Redação de A Verdade

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