Polícia
Militar promete que, se for preciso, usará a força para remover pessoas em
situação de rua do perímetro isolado da Fifa.
Moradores de rua têm 900 vagas
em abrigos
Emmanuel Pinheiro | Metro BH
MetroBH
leitor.bh@metrojornal.com.br
A Polícia Militar anunciou
nesta quinta-feira que fará remoções de pessoas em situação de rua durante a
Copa do Mundo, entre junho e julho, mesmo se for preciso o uso da força. A
intervenção ocorrerá se o morador de rua se recusar a sair do perímetro isolado
da Fifa e dos territórios adjacentes da Pampulha. Entidades de proteção a esse
público ameaçam até a apelar a organizações internacionais para evitar a
decisão.
“Se a permanência não for permitida, ele
[pessoa em situação de rua] será convidado a se retirar nos limites que a lei
determina. Se ele se recusar com força, a PM usará da força proporcional,
conveniente, oportuna e necessária para restabelecer a lei”, explicou o
porta-voz da Polícia Militar mineira, major Gilmar Luciano.
O Centro Nacional de Defesa dos
Direitos Humanos da População de Rua e Catadores de Materiais Recicláveis
encaminhou uma orientação de como deve ser o trato com o morador de rua ao
policiamento especializado e da capital. “A retirada das pessoas é
completamente vedada. Vamos tomar todas as providências, até fora do território
brasileiro, para evitar que isso aconteça”, afirma a advogada da entidade,
Maria do Rosário de Oliveira.
Segundo o censo realizado pela
prefeitura, 1.827 pessoas vivem ao relento hoje em Belo Horizonte.
Reforço
A Secretaria Municipal de
Políticas Sociais anunciou nesta quinta-feira que aumentará em 30% o número de
agentes para atender as pessoas em situação de rua. No entanto, a administração
pública garante que não realizará recolhimento compulsório.
“Não acreditamos que essa seja a melhor medida
e não temos esse tipo de conduta. Portanto, as pessoas vão ficar na cidade
participando da festa como quiserem, orientadas a estar no espaço público de
maneira regular. Isso significa que elas não podem fazer desse espaço uma
condição de moradia”, diz a coordenadora do Comitê de População de Rua, Soraya
Romina.
Fonte: Band
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