Publicado em 11/06/2014
Pela primeira vez, desde 2010,
quando o Pew começou a investigar anualmente a opinião pública brasileira, a
maioria dos entrevistados no país diz que a economia está ruim: 67% disseram
que a situação econômica atual está ruim, acima dos 41% dos entrevistados em
2013. Aumento dos preços foi citado por 85% como "um problema muito
grande", no topo de uma lista que inclui crime, políticos corruptos e o
fosso entre ricos e pobres.
Embora o desemprego permaneça
baixo, analisam os estrategistas do Pew, o crescimento econômico no Brasil está
parado desde o final de 2010. A inflação gira em torno de 6%, bem acima da meta
das autoridades. E a agitação social se inflamou no ano passado, com milhões de
manifestantes saindo às ruas em protesto contra a corrupção, os péssimos
serviços públicos e milhares de trabalhadores do setor público em greve nas
últimas semanas.
Em Abril deste ano, a
insatisfação "com as coisas no Brasil hoje" subiu para 72% frente a
55% um ano antes. Em 2010 era 50%. Agora a desaprovação da presidente Dilma
Rousseff é generalizada. "O humor nacional no Brasil está sombrio",
diz o relatório do Pew. "O atual nível de frustração dos brasileiros com
os dirigentes do seu país, a sua economia e os seus líderes é incomparável nos
últimos anos." O sentimento negativo pesou sobre o índice de aprovação da
presidente da República. Apenas 48% dos entrevistados disseram que Dilma faz um
bom governo, em comparação com 84% dos que disseram acerca de seu padrinho e
antecessor, Lula da Silva, no seu último ano de mandato. A grande maioria
desaprova a manipulação de Dilma de questões-chave, incluindo a corrupção, a
saúde, a economia e a realização da Copa do Mundo de futebol.
Entretanto, outras revelações
mais surpreendentes e altamente estratégicas aparecem no final do relatório.
Essas não foram consideradas pela mídia global e nacional que noticiou a
pesquisa do Pen. Trata-se da opinião popular sobre as instituições mais
estratégicas do Estado capitalista (em seu sentido mais amplo). Trata-se,
portanto, das instituições de governabilidade política das classes dominantes
no Brasil. Veja a conclusão e análise mais aprofundada deste assunto no boletim
da Crítica Semanal da Economia desta semana (Edição 1192 O País do Futebol na
Marca do Pênalti)
Fonte: Crítica da
Economia
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