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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Salário mínimo deveria ser de R$ 2.398,82, diz Dieese

Os atuais governantes sempre utilizaram os cálculos do Dieese para criticar as políticas de seus antecessores. Uma vez no governo, parecem que nunca viram falar dele. E ainda se vangloriam por aprovara um salário mínimo QUATRO VEZES MENOR do que o indicado pelo Departamento.




SÃO PAULO - Cálculo feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostrou que o brasileiro teria que ganhar um salário mínimo de R$ 2.398,82, em janeiro, para suprir suas necessidades básicas, como alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Ou seja, o salário mínimo deveria ser 3,86 vezes maior do que o que está em vigor - de R$ 622,00. O Dieese usou o valor da cesta básica apurado em São Paulo.
No primeiro mês de 2012, o Dieese apurou que em apenas duas capitais, das 17 pesquisadas, houve recuou no preço dos itens essenciais. Houve reduções em Porto Alegre (-0,81%) e em Vitória (-1,54%). Nas outras 15 capitais, os preços subiram, sendo que nem sete cidades mais de 3%. Brasília (4,72%), João Pessoa (3,90%0, Florianópolis (3,51%), Rio de Janeiro (3,35%), Recife (3,32%), Curitiba (3,17%) e Aracaju (3,11%).
Nos últimos doze meses, somente em Natal houve queda de preços nos produtos da cesta básica. A baixa foi de 4,88%. Os maiores aumentos ocorreram em Florianópolis (10,16%), Belo Horizonte (9,81%) e São Paulo (9,30%). Em nenhuma das capitais, a alta anual dos preços foi maior do que o reajuste aplicado ao salário mínimo - de 14,13%.
Segundo o Dieese, em São Paulo, o custo do conjunto de gêneros de primeira necessidade chegou a R$ 285.54 em janeiro. Em porto Alegre, o valor ficou em R$ 274,63, bem próximo do valor do Rio de Janeiro, que ficou em R$ 271,71.
De acordo com os técnicos do Dieese, os preços dos itens essenciais tiveram alta generalizada em janeiro por causa das chuvas intensas, especialmente no Sudeste. A destruição de estradas e pontes pelas enchentes dificultou o escoamento de produtos. A região Sul passa por período de seca, o que provocou quebra na produção de grãos.
Em janeiro, o feijão ficou mais caro em 15 capitais, com destaque para Goiânia (27,49%). Em 14 localidades, houve aumento no preço do tomate. No Rio de Janeiro, o produto subiu 24,23%. O café subiu em 13 cidades pesquisadas pelo Dieese e o arroz teve reajuste em onze. dez capitais registraram aumento no preço do pão. No Rio de Janeiro, o reajuste foi de 2,51%. A bata ficou mais cara em oito cidades, especialmente no Rio de Janeiro: 17,05%. O preço da carne teve reajuste em nove cidades e o açúcar ficou mais barato em 13 cidades.

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