Fonte: cafecomnoticias.blogspot.com |
Por Aldo Sauda
Somos de um país sem tradição de grandes revoluções. Temos pouca história de sólidos movimentos de massa, de cenas fortes marcando embates violentos entre forças antagônicas e de mudanças drásticas na direção de nossa sociedade. Pior que isto, as poucas resistências que temos são sistematicamente apagadas de nossos livros de história e retiradas a força da memória de nosso povo. Enfim, como brasileiros, nos é difícil materializar a ideia do que é, no seu sentido mais literal, uma revolução.
Mas ao contrário de todas as outras culturas de todos os outros países de todos os outros lugares do planeta, sabemos, como só nós sabemos, o que é o carnaval. E explicar o carnaval em uma sociedade islâmica, conservadora, e que se localiza do outro lado do mundo, não é tarefa fácil.
Os bloquinhos, as marchinhas, o consumo destrutivo de álcool e outras drogas, a entrega da chave da cidade ao Rei Momo, o cheiro de urina que ao lado do caos anárquico assumem o controle da cidade, e principalmente, a libertinagem sexual, são difíceis de se sintetizar em uma casa de café na região central do Cairo.
Não que os egípcios não sejam simpáticos ao nosso “Allah-lá-ô”, longe disto. Porém, como explicar algo feito para ser vivido, ou melhor, sentido apenas uma vez por ano, em uma rápida conversa? Devo admitir que depois do terceiro café turco e de uma longa rodada de narguilé, desisti da quase impossível tarefa cultural - não que não tenha, no processo, convencido nossos jovens revolucionários árabes a conhecerem os arcos da lapa...
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