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quinta-feira, 29 de março de 2012

Argentina: começa julgamento de 24 ex-membros da ditadura

Foto: pencefundamental.wordpress.com

Enquanto isso, no Brasil, a Comissão da Verdade enfrenta os fantasmas da ditadura e a população assiste a tudo quase que indiferente. A exceção foi o Esculacho que a juventude do país imprimiu aos ex-torturadores esta semana. O Estado está acuado, tendo o Governo Federal proibido a homenagem do dia de amanhã (31 de março, dia fatídico da história deste país) por parte dos militares e estes reafirmarem as comemorações. Esperemos até amanhã, para não fazer previsões precipitadas.

Um grupo de 24 ex-membros da ditadura argentina começará a ser julgado nesta quarta-feira (28) em Neuquén, acusados de delitos de lesa-humanidade cometidos em uma prisão ilegal dessa província do sul do país.

Entre os processados pelo Tribunal Federal de Neuquén está o ex-agente civil de Inteligência Raúl Guglielminetti, que em março de 2011 foi condenado a 20 anos de prisão por seus crimes em um centro clandestino de detenção de Buenos Aires pelo qual passaram uruguaios, chilenos, cubanos, bolivianos e paraguaios.

Na causa conhecida como "Escuelita II", há oito acusados em liberdade, cinco detidos em unidades penais e 11 que foram beneficiados com prisão domiciliar.

No final de 2008 terminou o primeiro dos julgamentos pelos crimes da ditadura nesta prisão clandestina que funcionava em um prédio militar e era conhecida como "La Escuelita", com penas de entre sete e 25 anos de prisão para oito dos principais repressores.

Aquele primeiro julgamento se centrou no sequestro de 17 pessoas nessa prisão clandestina, enquanto o processo abordará outros 39 casos de terrorismo de Estado.

Cerca de 30 mil pessoas desapareceram na Argentina durante a última ditadura (1976-1983), segundo os organismos de direitos humanos.

Fonte: Vermelho

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