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sexta-feira, 30 de março de 2012

Declaração do Instituto Luiz Carlos Prestes sobre postura do PCdoB

O PCdoB vem utilizando de maneira indevida e inaceitável imagens de Luiz Carlos Prestes na tentativa de associar sua atuação à frente do PCB com suposta participação na história do PCdoB.

30/03/2012



Declaração do Instituto Luiz Carlos Prestes

O Instituto Luiz Carlos Prestes, entidade de perfil cultural, cujo objetivo é preservar e difundir a memória desse grande brasileiro - patriota, revolucionário e comunista, contando com o apoio de companheiros e amigos do Cavaleiro da Esperança, declara de público sua indignação e repulsa à atitude oportunista do PCdoB (Partido Comunista do Brasil), que vem lançando mão da manipulação grosseira da memória histórica dos comunistas brasileiros e, em particular, da trajetória revolucionária de Prestes com vistas a prestigiar-se perante a opinião pública nacional.

Assim, em seus programas eleitorais difundidos em rede nacional pela TV, o PCdoB vem utilizando de maneira indevida e inaceitável imagens de Luiz Carlos Prestes na tentativa de associar sua atuação à frente do PCB com suposta participação na história do PCdoB. Na realidade, o PCdoB foi criado em 1962, resultando de cisão com o PCB e com Luiz Carlos Prestes, então secretário-geral deste partido. Prestes jamais ingressou no PCdoB ou lhe concedeu qualquer apoio, sendo que o PCdoB durante anos o combateu com extrema virulência.

Um partido como o PCdoB, que apoia o novo código florestal, que é absolutamente acrítico às medidas neoliberais dos governos Lula/Dilma, imergido em denúncias de corrupção, e que ousa apresentar Prestes em seu Programa de TV é algo totalmente inaceitável.

A direção do PCdoB manipula também, entre outras, a memória do fundador do PCB, o conhecido intelectual comunista Astrojildo Pereira, que, ao falecer em 1965, continuava militando nas fileiras do PCB.

Nós, signatários desta declaração, conclamamos companheiros e amigos, bem como todos os brasileiros sinceramente interessados na defesa da preservação da história de nosso país, a denunciar e repudiar as manobras de falsificação da trajetória histórica de Luiz Carlos Prestes, das lutas dos comunistas brasileiros e da própria história do Brasil, realizada pela direção do Partido Comunista do Brasil.

Com esta atitude, desejamos expressar nossa posição intransigente de defesa de uma história objetiva de Luiz Carlos Prestes, dos comunistas, e do Brasil, baseada em fatos, e não em falsificações convenientes a esse ou àquele grupo político. Com esta atitude, queremos contribuir para o esclarecimento de amplos setores da opinião pública e evitar que outros se aventurem nos caminhos da falsificação de nossa história, conforme vem sendo feito pela direção do PCdoB.

Assina Anita Leocadia Prestes, presidente do Instituto Luiz Carlos Prestes, historiadora e professora da UFRJ.

Após morte na obra, trabalhadores da hidrelétrica de Belo Monte (PA) deflagram greve geral

30/03/2012
O acordo assinado entre o governo, os empresários e as centrais sindicais para melhorias nas condições de trabalho no setor da construção civil em nada tem mudado a vida dos operários. As paralisações e mobilizações nos canteiros de obras, nesse ano de 2012, demonstram a insatisfação desses trabalhadores.

Os cerca de cinco mil trabalhadores do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), responsável pelas obras da terceira maior hidrelétrica do mundo, entraram em greve geral nesta quinta (29). As reivindicações são aumento salarial, redução dos intervalos entre as baixadas (visita dos trabalhadores a suas famílias) de 6 pra 3 meses, o não-rebaixamento do pagamento e solução de problemas com a comida e água. A paralisação começou ontem no canteiro de obras do Sítio Pimental, após um acidente de trabalho que matou o operador de motosserra Orlando Rodrigues Lopes, de Altamira, e hoje se estendeu para os demais canteiros. A saída dos ônibus do perímetro urbano de Altamira para os canteiros de obra, em Vitória do Xingu, foram bloqueadas.

“A pauta é a mesma de antigamente: tudo o que está no acordo coletivo. Não cumpriram nada”, explica um dos trabalhadores. Segundo ele, apesar das greves e pressões realizadas que no ano passado, que levaram a empresa a assinar o acordo coletivo, ao invés de melhorar, as condições de trabalho tem piorado.

“No último pagamento cortaram as horas-transporte, o que diminuiu em até 600 reais o salário do peão”, explica. A justificativa para a redução é de que trabalhadores estão sendo removidos da cidade para os canteiros, e que por isso não precisarão do adicional. Por conta disso, ao menos 40 trabalhadores que passaram a residir nos alojamentos provisórios dentro dos canteiros já teriam se demitido. “Pra quem vem de fora o salário já não estava bom. Com esses 600 a menos, nem vale a pena ficar”.

O trabalhador morto em acidente, que, segundo operários prestava serviços para o CCBM, era da empresa terceirizada Dandolini e Peper, e estava trabalhando na derrubada de árvores no canteiro Canais e Diques. “Nós não temos segurança nenhuma lá. Falta EPI [equipamento de proteção individual], sinalização e principalmente gente pra fiscalizar” , reclamam os trabalhadores.

Milhares em greve em outros canteiros de obra – Na usina hidrelétrica de Jirau e Santo Antônio (RO) cerca de 40 mil operários estão em greve  há mais de 20 dias. Novamente os operários se enfrentam com a intransigência da Construtora Camargo Corrêa e da Enesa Engenharia Ltda., responsáveis pela obra, além do clima de ameaça e repressão imposta pela polícia. O clima tensão aumenta com o anúncio da vinda da Força Nacional de Segurança.

Três mil operários da obra da Plataforma da Petrobras, em São Roque do Paraguaçu (BA), entraram em greve na luta por melhores salários e outras reivindicações.

 Os operários das obras do estádio Arena das Dunas (RN) também pararam. Esses trabalhadores pedem a equiparação salarial com os operários da construção de outros estádios que serão sede da Copa.

Já os trabalhadores do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), que também estavam em greve por melhores condições de trabalho, enfrentam duros ataques. A Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro considerou ilegal a paralisação dos operários cuja duração foi de mais de um mês. O movimento grevista já anuncia outra paralisação.

Em data base, os operários da Construção Civil de Fortaleza (CE), após várias negociações, seguem enfrentando a intransigência dos empresários do setor que  “oferecem” somente o índice da inflação (6,5%) e um “reajuste” de R$ 3,00. Isso mesmo, três reais, no valor da cesta-básica, por isso, esses trabalhadores realizaram uma passeata com mais de 3 mil pessoas pelas ruas da Aldeota, bairro nobre da cidade e já apontam a preparação da greve.

Em Pernambuco os operários do Complexo Industrial Petroquímico de Suape ainda acompanham os desdobramentos e reflexos da greve do ano passado e se preparam para as lutas deste ano.

Não foi sido diferente com os operários dos canteiros de obras da termoelétrica do Pecém (CE). Mais de 8 mil trabalhadores realizam lutas e greves por mais de 15 dias. Esses operários reclamam o não cumprimento de cláusulas do acordo coletivo de 2011 e em defesa das reivindicações em relação à data-base 2012/2013 que tiveram como desfecho um reajuste de 11%.

Só com mobilização as reivindicações serão atendidas – A CSP-Conlutas apoia todos esses processos de luta. Em cada uma dessas obras estamos lutando pelas mesmas coisas e somos de uma mesma categoria, portanto devemos exigir imediatamente do Governo Dilma e das empreiteiras:

- Efetivação do acordo nacional em todas as obras;
- A mesma data-base;
- Um piso nacional e o mesmo salário, no país inteiro, para os profissionais;
- Sexta básica com valor igual em todo país;
- Pagamento de horas-extras e horas intíneres;
- Folga (baixada) de 5 dias a cada 60 dias trabalhados, com passagens aéreas pagas pelas empresas;
- Plano de saúde com cobertura nacional para todos os nossos familiares;
- Eleição de representantes sindicais de base em cada obra, com direito a estabilidade no emprego;
- Saúde, Segurança, Condições de Trabalho, alojamento, transporte e refeição de qualidade;
- Nenhuma demissão.

Fonte: CSPConlutas, com informações do Boletim especial da CSP-Conlutas “greve nas obras” e site Mov. Xingu Vivo.

Democracia à brasileira: teoria e prática

Recebemos comunicação do Levante Popular da Juventude - que realizou uma ação de denúncia dos torturadores e em defesa da Comissão da Verdade - solicitando solidariedade e apoio da sociedade. Sua página na internet levante.org.br já foi derrubada e alguns vídeos no youtube foram censurados.Elaboraram, então, um abaixo assinado eletrônico como forma de divulgar a repressão, assim como para registrar o apoio e solidariedade recebidos. Para assinar, acesse:                   www.manifestolivre.com.br/ml/exibir.aspx?manifesto=levantecontratortura

Golpe não é revolução

Ato, na Cinelândia contra a festa dos militares em homenagem ao Golpe Militar de 64. Em meio à democracia de fachada, que, na retórica presume-se liberdade de manifestação policiais "cumprem seu dever" de exercitar as mesmas práticas da ditadura militar, página infame de nossa história: agressões a manifestantes com bomba, spray de pimenta e arma de choque. Assista ao vídeo.

Os desaparecidos

                                                                                                             
Foto: ficabattisti.blogspot.com


Affonso Romano de Santana

De repente,
Naqueles dias começaram
A desaparecer pessoas, estranhamente.
Desaparecia-se. Desaparecia-se muito naqueles dias.
Ia-se colher a flor oferta
E se esvanecia.
Eclipsava-se entre um endereço e outro
Ou no táxi que se ia.
Culpado ou não, sumia-se
Ao regressar do escritório ou da orgia.
Entre um trago de conhaque e um aceno de mão,
O bebedor sumia.
Evaporava o pai ao encontro da filha que não via.
Mães segurando filhos e compras,
Gestantes com tricots ou grupos de estudantes
Desapareciam.
Desapareciam amantes em pleno beijo
E médicos em meio à cirurgia.
Mecânicos se diluíam
-mal ligavam o torno do dia.
Desaparecia-se. Desaparecia-se muito naqueles dias.
Desaparecia-se a olhos vistos
E não era miopia.
Desaparecia-se até á primeira vista.
Bastava que alguém visse um desaparecido
E o desaparecido desaparecia.
Desaparecia o mais conspícuo
E o mais obscuro sumia.
Até deputados e presidentes esvanesciam.
Sacerdotes,  igualmente  levitando iam,
Aerefeitos constatas do além
Como os pescadores partiam.
Desaparecia-se. Desaparecia-se muito naqueles dias.
Os atores no palco, entre um gesto e outro,
E os da platéia enquanto riam.
Não, não era fácil
Ser poeta naqueles dias.
Porque os poetas, sobretudo,
                              -desapareciam.
Se fosse ao tempo da bíblia eu diria
Que carros de fogo arrebatavam os mais puros
Em mística euforia.
Não era. É ironia.
E os que estavam perto, em pânico fingiam
Que não viam.
Se abstraiam.
Continuavam seu baralho a conversar demências com o ausente,
Como se ele estivesse ali sorrindo
com roupas e dentes.
Em toda família á mesa havia
Uma cadeira vazia, a qual se dirigiam.
Servia-se comida fria ao extinguido parente
E isto alimentava ficções
                                 -nas salas e mentes
Enquanto no palácio, remorsos vivos boiavam
                                 -na sopa do presidente.
As flores olhando a cena, não compreendiam.
Indagavam dos pássaros,que emudeciam.
As janelas das casas mal podiam crer...No que viam.

-as pedras, no entanto,
Gravavam os nomes dos fantasmas
Pois sabiam que quando chegasse a hora
Por serem pedras, falariam.

O desaparecido é como um rio:
-se tem nascente, tem foz.
Se teve corpo, tem ou terá voz.
Não há verme que em sua fome
Roa totalmente um nome.

O nome habita as vísceras da fera
Como a vítima corroe o algoz.
E surgiram sinais precisos
De que os desaparecidos,
Cansados de desaparecerem vivos
Iam aparecer mesmo mortos
Florescendo com seus corpos
A primavera de ossos.
           Brotavam troncos de árvore,
           Rios, insetos e nuvens
           Em cujo porte se viam
           Vestígios dos que sumiam.
                     
                Os desaparecidos, enfim,
               Amadureciam sua morte.

Desponta um dia uma tíbia
Na crosta fria dos dias
E no subsolo da história
-coberto por duras botas,
Faz-se amarga arqueologia.
                           A natureza, como a história,
                           Segrega memória e vida
                           E cedo ou tarde desova
                           A verdade sobre a aurora.
Não há cova funda que sepulte
                               - a rasa covardia.
Não há túmulo que oculte
Os frutos da rebeldia.
Cai um dia em desgraça
A mais torpe ditadura
Quando os vivos saem a praça
E os mortos, da sepultura.

Depois de torturadores, apoiadores da ditadura serão alvos de protesto em São Paulo

Depois dos assassinos e torturadores, agora é a vez dos apoiadores do golpe civil-militar de 1964 serem alvos de protestos.
Passando por jornais, empresas e lugares simbólicos do apoio civil à ditadura, o Cordão da Mentira irá desfilar pelo centro da cidade de São Paulo para apontar quais foram os atores civis que se uniram aos militares durante os anos de chumbo.
Os organizadores - coletivos políticos, grupos de teatro e sambistas da capital - afirmam ter escolhido o 1º de abril, Dia da Mentira e aniversário de 48 anos do golpe, para discutir a questão "de modo bem-humorado e radical".
Ao longo do trajeto, os manifestantes cantarão sambas e marchinhas de autoria própria e realizarão intervenções artísticas que, segundo eles, pretendem colocar a pergunta: “Quando vai acabar a ditadura civil-militar?”.

TRAJETO (confira resumo, no fim do texto)

A concentração acontecerá às 11h30, em frente ao cemitério da Consolação.
Em seguida, o cordão passará pela rua Maria Antônia, onde estudantes da Universidade Mackenzie, dentre eles integrantes do CCC (Comando de Caça aos Comunistas), entraram em confronto com alunos da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP. Um estudante secundarista morreu.
Dali, os foliões-manifestantes seguem para a sede da TFP (Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade), uma das organizadoras da “Marcha da Família com Deus, pela Liberdade”, que, 13 dias antes do golpe, convocava o exército para se levantar “contra a desordem, a subversão, a anarquia e o comunismo”.
Depois de passar pelo Elevado Costa e Silva - que leva o nome do presidente em cujo governo foi editado o AI-5, o mais duro dos Atos Institucionais da ditadura - o bloco seguirá pela Alameda Barão de Limeira, onde está a sede do jornal Folha de S. Paulo. Segundo Beatriz Kushnir, doutora em história social pela Unicamp, a Folha ficou conhecida nos anos 70 como o jornal de “maior tiragem” do Brasil, por contar em sua redação com o maior número de “tiras”, agentes da repressão.
A ação da polícia na Cracolândia, símbolo da continuidade das políticas repressivas no período pós-ditadura, bem como o Projeto Nova Luz, realizado pela Prefeitura de São Paulo, serão alvos dos protestos durante a passagem do cordão pela rua Helvétia. 
Finalmente, será na antiga sede do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), na rua General Osório, que o Cordão da Mentira morrerá.

CORDÃO DA MENTIRA

Quando: Domingo, 1º de abril de 2012, a partir das 11h30

Onde: concentração no Cemitério da Consolação

TRAJETO

R. Maria Antônia – Guerra da Maria Antônia
Av. Higienópolis – sede da TFP
R. Martim Francisco
R. Jaguaribe
R. Fortunato
R. Frederico Abranches
Parada no Largo da Santa Cecília
R. Ana Cintra – Elevado Costa e Silva
R. Barão de Campinas
R. Glete
R. Barão de Limeira – jornal Folha de S.Paulo
R. Duque de Caxias – Cracolândia/Projeto Nova Luz
R. Mauá
Dispersão: R. Mauá com a R. General Osório – antigo prédio do Dops
Página do Evento e fonte: Cordão da Mentira

quinta-feira, 29 de março de 2012

Ato pela Palestina Livre

Dia 30/03 o povo Palestino saí às ruas para protestar no Dia da Terra, uma homenagem à camponeses palestinos assassinados pela ocupação israelense. O MST convida a tod@s @s lutadores/as para a manifestação.

Trabalhadores bascos rumo à Greve Geral

Trabalhadores bascos: novamente nas ruas para rechaçar a política
 de fome  e do grande capital, 
do governo de Mariano Rajoy e do
Partido Popular. Foto: Dick Emanuelsson
POR DICK EMANUELSSON
BILBAO, 2012 MARZO

Los sindicatos y trabajadores en Euskal Herria (País Vasco) se movilizan todos, hoy 29 de marzo, para hacer sentir la fuerza de la clase trabajadora y en rechazo a la política de hambre del nuevo gobierno de Mariano Rajoy.
Ese es el mensaje de IGOR URRUTIKOETXEA, Secretario General de la Unión Internacional de Sindicatos del Metal y la Minería, miembro del Comité Ejecutivo de la central sindical vasca, LAB, Langile Abertzaleen Batzordeak, que en euskera significa Comisiones de Obreros Patriotas. La compañera de la misma central sindical y del sector de comercio en el País Vasco, es ZIORTZA AMEZTOI.
Los entrevisté hace dos semanas en Bilbao y los preparativos para lanzarse a la Huelga General ya estaban a “full”, es decir, trabajaron para que sea un éxito.
– ¡VAMOS A LUCHAR HASTA el final! ¡Ningún paso atrás!
Lo dice Leyde, una joven madre que con su “cipote” de unos ocho meses en los brazos ha llegado a la Plaza Moyoa, en el centro de Bilbao, para protestar en contra de la decisión del ayuntamiento (alcaldía) del lugar, que daría permiso a los grandes centros comerciales, para tener abiertos los comercios los domingos. El País Vasco es el único lugar en el estado español donde las grandes cadenas comerciales no han logrado abrir ese día feriado. De hacerlo estarían matando al pequeño comercio, negándole la posibilidad de trabajar para el sustento diario, ya que es el único día en la semana que aumentan sus ventas.
– Ahora con el permiso de apertura dominical, nos hacen firmar los contratos de trabajo que nuestra jornada laboral se distribuye desde lunes a domingo. Hay total negativa entre los compañeros en el trabajo a trabajar esos días. ¿!No sé de dónde han sacado que la gente quiere venir a comprar los domingos!?
La compañera se indigna cuando menciono la contra-reforma laboral del gobierno de Rajoy ya que tiene un tinte totalmente antiobrera, en donde la mujer es considerada como un sujeto que sólo aporta al hogar y no como una trabajadora digna en el mercado laboral.
– ¡Es todo, estamos yendo hacia atrás como cangrejos, pero a paso apresurado! La gente que ha luchado por una reconciliación laboral y sus derechos, salarios más dignos para que el trabajador viva mejor, ¡todo lo están echando por tierra!
LA MANIFESTACIÓN COMIENZA a moverse y entre ellos hay miles de mujeres y hombres que este día han salido para expresarse. Encontramos a Ziortza Ameztoi, líder sindical del sector de comercio, en el País Vasco, organizada en LAB. Va en la primera línea junto con representantes de otros sindicatos vascos pero también es visible la presencia de representantes de las organizaciones de los Consumidores en el Euskal Herria y los mismos comerciantes organizados en sus respectivas organizaciones. Estos últimos se han dado cuenta que sin la alianza con los trabajadores, no podrán impedir que las grandes cadenas como Corte Inglés o Galería Preciados, y ni hablar de las grandes empresas transnacionales como Wal-Mart & Cia, ahogarán a la sociedad y al mercado vasco.
Es una pena, porque pocas ciudades tiene una vida social tan marcada como las ciudades de Bilbao y Donostia (San Sebastian). Entre la gente que vive en el centro histórico hay pequeños negocios y tiendas, los bares y restaurantes se llenan de pobladores que prefieren acudir allí en vez de pasar el día en centros comerciales de entre cinco y ocho pisos, consumiendo comida chatarra entre música de MTV y pantallas donde se publicitan los grandes hits de Hollywood.
Son, todavía, sociedades vivas en donde la relación y contacto humano están por encima de los intereses netamente comerciales. Da realmente gusto caminar en un casco urbano que tiene relaciones humanas en vez de sentirse solo rodeado de palacios banqueros y centros comerciales.
– ESTO NO ES SOLAMENTE una lucha sindical. Los comerciantes sienten que también es una lucha suya, por la misma supervivencia, nos comenta Ziortza Ameztoi. Al estar juntos todos, hemos logrado pararlo (apertura dominical).
Pero no solamente las grandes están detrás la apertura dominical. También el Partido Popular y el PSOE dan su apoyo al gran capital comerciante.
IGOR URRUTIKOETXEA, Secretario General de la Unión Internacional de Sindicatos del Metal y la Minería y miembro del Comité Ejecutivo de la central sindical vasca LAB, Langile Abertzaleen Batzordeak, en euskera, dice:
– Comisiones de Obreros Patriotas, están de acuerdo. El está en el colectivo de una central sindical que ha peleado por los derechos de los trabajadores, además de por su alto sentido de clase, también, por haber sufrido el terrorismo de estado de Madrid durante los diferentes gobiernos de turno.


LA CLASE OBRERA ESPAÑOLA DEVUELVE EL GOLPE ANTIPOPULAR Y VA A LA HUELGA GENERAL

Como foi e é construída a privatização do ensino superior no Brasil

Por Otaviano Helene*
QUARTA, 28 DE MARÇO DE 2012
Uma das características do ensino superior brasileiro nas últimas várias décadas é a constante redução da participação das instituições públicas na sua oferta: em 1960, cerca de 60% das matrículas eram em instituições públicas; atualmente, elas são da ordem de 25% e com uma tendência a continuar aumentando (veja gráfico).
Nas décadas de 1960 e 1970, período marcado pelo regime militar, a participação do setor privado cresceu de 40% até pouco mais do que 60% das matrículas. Após uma década sem aumento dessa participação, a privatização voltou a crescer após 1990, período marcado pela expansão do neoliberalismo, continuando a aumentar ao longo da década seguinte.
Adicionar legenda

O que aconteceu na década de 1980, quando a taxa de privatização permaneceu praticamente estável, ao contrário de ter sido um sinal de que o setor público passou a ter uma postura mais positiva, ilustra um dos muitos problemas que a privatização apresenta. A década de 1980 foi marcada por uma profunda recessão econômica e, consequentemente, redução de renda e aumento do desemprego. Como consequência, aquela crise econômica afetou fortemente as possibilidades que as pessoas tinham de arcar com as mensalidades escolares, afastando os estudantes, como, obviamente, seria esperado. Esse fato ilustra bem um dos graves problemas da privatização da educação: a educação, quando privatizada, ao invés de ser um instrumento que possa ajudar a suportar uma crise econômica (fixando os jovens por mais tempo no setor educacional e reduzindo, assim, a pressão sobre os empregos) e a criar as condições necessárias para superá-la (preparando a força de trabalho do país), passa a ser um fator a intensificação da própria crise.

Subsídios

Se “conseguimos” atingir a taxa de privatização de 75%, é porque, ao longo do tempo, todos os níveis governamentais contribuíram para isso, por meio de incentivos financeiros diretos e indiretos, por meio de legislações e por deixarem espaço livre para a atuação do setor privado.
No campo financeiro, tanto a União como os estados e municípios têm contribuído, ao longo dos últimos 50 anos, cada um de sua forma, para o aumento da privatização. Essas subvenções ocorrem na forma de isenções de taxas, contribuições e impostos (nacionais, estaduais e municipais), abatimento de despesas com educação privada no imposto de renda de pessoa física, repasses diretos de recursos públicos para entidades privadas, pagamento das mensalidades dos alunos ou financiamento delas pelo setor público, convênios com ONGs ligadas a instituições privadas, entre diversas outras.
Como já estamos acostumados com todas essas práticas, o que faz com que muitas pessoas as achem positivas, vale a pena esmiuçar uma delas, talvez até a mais aceita como sendo adequada, justa e necessária: o abatimento no imposto de renda de pessoas físicas das despesas educacionais. Esse abatimento, que encontra enorme apoio nas classes mais privilegiadas e mesmo reclamações por considerarem-na pequena, é, na prática, uma distorção do que se esperaria de um sistema tributário ou de um subsídio a uma atividade essencial.
Como o abatimento das despesas educacionais ocorre antes do cálculo do imposto devido, quanto maior for a renda de uma pessoa, maior será o abatimento do imposto. Vejamos. No caso de pessoas com altas rendas, os governos subsidiam em 27,5% das despesas com educação privada passíveis de serem abatidas. Já no caso de uma pessoa com renda modesta, eventuais despesas educacionais podem ser subsidiadas em proporções bem menores do que aqueles 27,5 % ou mesmo não terem subsídio algum.
Uma espécie de Robin Hood às avessas. Embora possa parecer que é o contribuinte que está sendo beneficiado, quem de fato recebe aquela subvenção é a instituição de ensino. Por exemplo, alguém de alta renda que tenha pago R$ 1.000 para uma instituição de ensino, receberá do governo, na forma de abatimento de imposto, R$ 275,00; ou seja, gastou, de fato, R$ 725,00, enquanto a instituição recebeu, também de fato, os R$ 1000 pagos. Alguém de baixa renda que tenha gasto os mesmos R$ 1.000 não terá redução alguma do imposto devido.
Em última instância, o abatimento no imposto de renda é um subsídio indireto às instituições privadas de educação. Embora este seja apenas um exemplo, mostra como as políticas de transferência de recursos ao setor privado podem ser distorcidas. Uma redução dos impostos por causa de despesas educacionais só seria justificável (embora inadequado) se a redução fosse inversamente proporcional à renda, subsidiando mais quem ganha menos, não da forma que é hoje. Evidentemente, não há nenhuma dificuldade técnica para se fazer isso: se subsidiamos mais quem menos precisa e menos quem mais precisa, é porque é para ser assim mesmo.

Legislação

Além das ações financeiras e econômicas em favor da privatização da educação, há muitas ações no campo legal que vão no mesmo sentido. Novamente, ao invés de detalhar as muitas formas com que isso ocorre, vamos ilustrar algumas delas. Uma universidade é um tipo de instituição cujas atribuições incluem, segundo a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), desenvolver a pesquisa científica e tecnológica, conferir diplomas com validade nacional, criar e extinguir cursos e definir seus currículos, desenvolver atividades de extensão universitária, entre outras. Para isso, seria esperado que tal tipo de instituição tivesse, em seu quadro, pessoas altamente qualificadas para aquelas atividades, o que no mundo acadêmico significa doutores.
Entretanto, ainda que possa parecer absurdo, a LDB não exige doutores no corpo docente de uma universidade: a sutil redação daquela lei exige que pelo menos um terço do seu corpo docente tenha “titulação acadêmica de mestrado ou doutorado”. A partícula “ou” revela a real intenção do legislador: uma universidade, no Brasil, não precisa de doutores! Essa redação é desrespeitosa e mesmo um escárnio, na medida em que a palavra doutorado está apenas enfeitando o texto, sem nenhuma consequência prática; se a frase acabasse em “mestrado”, estaria dizendo exatamente a mesma coisa.
Além disso, exigir uma terça parte dos docentes com determinada titulação não significa que eles venham a exercer a terça parte das atividades desenvolvidas pelas instituições, pois pode se atribuir a essa terça parte uma carga horária pequena, com apenas algumas poucas horas semanais de trabalho.
E tem mais: para desenvolver aquelas atividades, os docentes universitários deveriam contar com as necessárias condições de trabalho, o que significaria, na prática acadêmica, contratos em tempo integral e, preferencialmente, com dedicação exclusiva à instituição. Mas a mesma LDB exige que uma universidade tenha pelo menos “um terço do corpo docente em regime de tempo integral”. Ora, se a essa terça parte do corpo docente for atribuída uma carga didática alta e/ou muitas tarefas administrativas, a lei estará sendo cumprida, sem, de fato, garantir as condições necessárias para a pesquisa e as atividades de extensão universitária previstas pela LDB.
Evidentemente, essa legislação, que não está respondendo a nenhuma necessidade real das instituições universitárias públicas, favorece, e muito, as instituições privadas.

A ausência do setor público abre espaço ao setor privado

Uma terceira forma de favorecimento do setor privado ocorre por meio da restrição de vagas oferecidas pelo setor público, o que abre o necessário espaço para o crescimento das instituições privadas. Uma evidência dessa prática é que a falta de vagas públicas nada tem a ver com as dificuldades financeiras do setor público, diferentemente do que é dito com frequência. Tanto é assim que a privatização é maior exatamente nos estados com maiores possibilidades econômicas e orçamentárias e que maiores contribuições dão ao governo federal.
São Paulo é o caso exemplar: exatamente nesse estado em que a ausência do setor público é mais marcante, como mostra a tabela. A porcentagem de matrículas em instituições privadas em São Paulo, 87%, é bem maior do que nos demais estados (69%). Mesmo quando comparada com a população total ou com o número de concluintes do ensino médio, a privatização paulista é maior do que nos outros estados por um fator dois, como mostram os dados da tabela.

Essa maior privatização em São Paulo é totalmente compatível com a hipótese de que a ausência do setor público é estratégica, não fruto de uma impossibilidade econômica ou financeira.

Consequências

As políticas de privatização, quando associadas com a distribuição dos cursos oferecidos pelas instituições privadas pelas diferentes áreas do conhecimento, fazem com que alguns indicadores da educação superior no Brasil estejam em completo desacordo com o que se observa em outros países com possibilidades econômicas equivalentes ou mais modestas que as nossas. Essa característica nos coloca em uma situação bastante frágil.
Evidentemente, não se está defendendo que haja uma competição entre os países, coisa que, ao contrário, devemos combater. Entretanto, uma força de trabalho mal preparada, distribuída de forma inadequada pelas diferentes áreas profissionais, e quantitativamente insuficiente, fragiliza o país nos embates internacionais e compromete nossa soberania. Consequentemente, não conseguimos sequer criar um ambiente que permita lutar por uma relação mais saudável entre as nações e que priorize as cooperações em lugar das competições.

Leia também os outros cinco artigos da série:

*Otaviano Helene, professor no Instituto de Física da USP, foi presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Não há vida digna para as mulheres com violência e sem direitos

Foto: juventudelibre.blogspot.com

“O dia das mulheres ou dia das mulheres trabalhadoras é um dia de solidariedade internacional, e um dia para rever força e organização das mulheres proletárias”
(Alessandra Kollontai, Moscou, 1920).

O 8 de Março, Dia Internacional das Mulheres, surgiu durante a II Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, em 1910, em Copenhague. Trata-se, portanto, de um dia dedicado à luta das mulheres trabalhadoras, notadamente, como afirma Kollontai, é dia de solidariedade internacional, dia de rever nossa força e organização enquanto mulheres identificadas com a luta contra todas as formas de dominação, exploração e opressão.

No 8 de Março de 2012, nós mulheres do PSOL, reafirmamos nosso compromisso diário com a luta política feminista pelo socialismo e pela igualdade. E solidarizamos-nos com todas as brasileiras que, em diferentes cantos desse imenso país, lutam por teto, pela terra, pelo pão, pela paz e por justiça.

Nos solidarizamos com as mulheres quilombolas do Rio dos Macacos em luta pela permanência em suas terras na Região do Aratu, na Bahia. Indignamos-nos com a indiferença do Governo Dilma/Wagner frente a esta situação de terror, violação de direitos humanos fundamentais e de racismo ambiental. Somos TODAS Quilombo Rio dos Macacos!

Solidarizamo-nos com todas as mães que lutam por um teto, particularmente com as mães de Pinheirinho. Repudiamos a repressão do PSDB e a omissão do PT. Desapropriação Já! Somos TODAS Pinheirinho!                   Somos solidárias às mulheres indígenas na luta pela demarcação das suas terras, na luta contra a hidrelétrica de Belo Monte e a reforma do Código Florestal. Todo apoio às lutas das mulheres esposas de policiais que, em função da justa greve realizada na Bahia e no Rio de Janeiro, estão sendo politicamente perseguidos pelo Governo Dilma/Wagner/Cabral. Anistia Já! Lutar não é CRIME!

Muitas outras lutas no Brasil têm contado com a participação ativa das mulheres. Todas essas lutas evidenciam que a Presidenta Dilma não cumpre promessas. Da campanha à posse, Dilma Rousseff prometeu que, na condição de primeira mulher presidenta do Brasil, honraria as brasileiras e não mediria esforços para melhorar as suas vidas.

O Programa “Minha casa, Minha Vida” não tem garantido nem casa e nem vida às brasileiras. Aliás, em 10 anos de Governo, o PT não levou a sério nem a Reforma Agrária nem Reforma Urbana. E é impossível garantir vida digna às mulheres sem estas duas reformas. E para piorar, as obras do PAC e da COPA, hoje grandes responsáveis pela expulsão de muitas famílias de suas comunidades e territórios tradicionais, agravam a condição já vulnerável das mulheres populares. Os Governos do PT, e aliados como o PCdoB, PSB, entre outros, dão continuidade a um projeto de desenvolvimento que é em sua essência predatório porque submisso ao grande capital, voltado para garantir os privilégios das multinacionais e a burguesia local, ao tempo em que, aprofunda as desigualdades sociais, raciais, étnicas e de gênero, já existentes no país.

Suas políticas sociais e focalizadas não avançam. Em dois anos de gestão, o Governo Dilma já realizou dois cortes de mais de 50 bilhões no orçamento destinado à área social, e é por isso que a Lei Maria da Penha não sai do papel enquanto as brasileiras sofrem o terror diário da violência doméstica e familiar sem amparo do Estado.

O conservadorismo tem sido a marca mais estável deste Governo. A pauta LGBT de combate à homofobia e de cidadania aos homossexuais no Brasil fica cada dia mais ameaçada com a indicação de Crivella, um conservador e membro da bancada evangélica, ao ministério da pesca.

Frente a esta conjuntura tão adversa, resta-nos a luta e a solidariedade entre tod@s @s oprimid@s!

VOCÊ, que acredita que outro mundo é possível e necessário, VENHA CONSTRUÍ-LO CONOSCO!

Mulheres do PSOL
Partido Socialismo e Liberdade (PSOL)
Fonte: PSOL50