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sexta-feira, 8 de julho de 2011

TRABALHO INFORMAL EM TEMPOS “GLOBALIZACIONISTAS”

Autores: Ana Elizabeth Santos Alves e José Rubens Mascarenhas de Almeida
Publicação na Revista Histedbr On line.

RESUMO: O objetivo do artigo é refletir sobre o trabalho informal e a sua funcionalidade para a acumulação do capital. Para ilustrar as análises destaca a feira livre, presente nas zonas urbanas das cidades, como exemplo de espaço que estampa de forma bem evidente a precarização do trabalho, o desemprego “oculto” e o comércio. Além disso, o texto mostra que a realidade do trabalho informal é um fenômeno que se planetariza e avança para os países centrais do capitalismo. Busca analisar essas questões a partir de discussões pontuais a respeito da flexibilização do trabalho, do neoliberalismo e da empregabilidade. 
Palavras-chave: Trabalho informal. Reestruturação Produtiva. Flexibilização. Globalização. Transnacionalização.

Ao caminharmos pela feira livre da nossa cidade4, visualizamos a venda de variados tipos de produtos, misturados a mercadorias right tech, dividindo o mesmo espaço mercantil, convenientemente chamado pelos feirantes e pela população de “Feira do Paraguai”. Apesar de todos os discursos monofônicos dos meios de comunicação afiliados ao grande capital e das retóricas “pós-modernosas”, veiculados com veemência religiosa, o que se observa é conseqüência da lógica daquilo que, historicamente, se convencionou chamar de modernidade: miscelâneas expostas em locais precários, próximo a um receptor de lixo, rodeado de humanos que se confundem com urubus (sobreviventes dos detritos a fuçar seu almoço) e de carroças puxadas por burros, utilizadas como meio de transporte de pequenas cargas (informam que foram incorporadas, como há cem anos, aos projetos de saneamento básico: são coletoras de lixo na periferia desta cidade “globalizada”); vêem-se produtos de primeiras necessidades (frutas, verduras, cereais...), produzidos sob um regime semelhante ao de quinhentos anos atrás, o plantation, sob bases análogas às da exploração que marcou o período colonial, mas que, nos anos 1990, foi batizado com a pomposa terminologia de agrobusiness; contempla-se a cultura pasteurizada nas bancas de camelôs, produção em série (cor, tema, padrão, estilo, sons, imagens...) em produtos piratas vendidos a céu aberto. São os filhos-frutos da racionalidade capitalista neoliberal: trabalhadores informais, precarizados, subempregados e desempregados, que ocupam o seu lugar nesse mundo “globalizado”, cuja definição remete a simetrias existentes somente no mundo virtual e na retórica neoliberal das velhas e novas direitas políticas....
Para o artigo completo, clique: http://www.histedbr.fae.unicamp.br/revista/edicoes/33esp/art15_33esp.pdf

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