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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Seis candidatos submeteram trabalhadores a regime análogo à escravidão

por Claudio Tognolli

 Seis candidatos que disputam as eleições deste ano são donos, eles próprios ou sua família, de empresas flagradas submetendo trabalhadores a condições análogas à escravidão; outros 61 são ou já foram financiados no passado por empresas ou indivíduos ligados a esse tipo de exploração laboral.

A pesquisa inédita é da ONG Transparência Brasil.

Dos seis acusados, três são candidatos a deputado federal, em busca de reeleição: João Lyra (PSD-AL), Camilo Cola (PMDB-ES) e Urzeni Rocha (PSD-RR).

Outros dois são o deputado estadual Camilo Figueiredo (PR-MA), que também busca reeleição, e seu filho, Camilo Figueiredo Filho (PC do B-MA), que se candidata pela primeira vez ao cargo do pai. A sexta é a candidata ao governo do Mato Grosso Janete Riva (PSD-MT), que protocolou candidatura após a renúncia do marido, José Riva (PSD-MT), barrado pela Lei da Ficha Limpa.

Para chegar a esses candidatos, a Transparência Brasil cruzou dados das 595 pessoas físicas e jurídicas que constam da lista divulgada semestralmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego

(MTE) com informações dos projetos Quem Quer Virar Excelências (para verificar dados dos candidatos) e Às Claras (para buscar doações já realizadas no passado). No caso de empresas,  também foram buscados os nomes dos donos, sócios e administradores à época do flagrante.

Além dos citados, seis políticos da “lista suja” exercem mandato atualmente. São eles: Altino Coelho de Miranda (PSB-PA), vice-prefeito de Moju; Avelino Forte15 (PMDB-CE), vice-prefeito deSão Gonçalo do Amarante; Cledemilton Araújo Silva (PSB-PA), vereador de Jacundá; Demetrius Fernandes Ribeiro16 (PSDB-PA), primeiro suplente do senador Mário Couto (PSDB-PA); Rodrigo Figueiredo17 (PDT-MA), vereador de Codó; e Silvino Santana Araújo (PR-MT), vereador de Nortelândia.

O relatório completo  pode ser encontrado em Estudos e Relatórios do projeto Excelências.

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