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domingo, 26 de outubro de 2014

Justiça argentina condena 15 à prisão perpétua por tortura e mortes na ditadura

Argentina pôsteres de condenados por genocídio - ditadura -reuters
Por AP
25/10/2014

Condenados são ex-militares, policiais e oficiais que sequestraram, torturaram e mataram dezenas entre 76 e 83

Uma corte da Argentina condenou à prisão perpétua 15 ex-militares, policiais e oficiais por sequestros, torturas e assassinatos de dezenas de pessoas durante a ditadura no país, entre os anos de 1976 e 1983. Os casos ocorreram em um centro de detenção clandestina do regime instalado em La Cancha, em Buenos Aires.
Além deles, foram julgadas outras seis pessoas diretamente envolvidas no regime militar, o mais sangrento da América Latina, que deixou aproximadamente 30 mil desaparecidos. Quatro delas tiveram condenações entre 12 e 13 anos de prisão e outras duas foram absolvidas das acusações.

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Entre as vítimas cujos casos foram destacados ao longo do julgamento está Laura Carlotto, filha da fundadora do grupo ativista Avós da Praça de Maio, organização com o objetivo restituir crianças desaparecidas durante a ditadura às suas famílias.
No caso, ela teve seu então recém-nascido filho sequestrado pouco antes de ser executada, em 1978, no Centro de Detenção de La Cancha, em uma área rural localizada na província de Buenos Aires.

O menino, na época, foi entregue à adoção e, em agosto deste ano, após exames de DNA, foi identificado como neto de Estela de Carlotto, principal representante da organização em prol dos Direitos Humanos.

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