90% dos colégios não funcionam e cerca de 60 mil cirurgias não urgentes foram canceladas.
Os funcionários públicos do Reino Unido iniciaram nesta quarta-feira (30/11) a maior paralisação geral dos últimos 30 anos. Cerca de 2 milhões de trabalhadores aderiram ao movimento. A paralisação foi convocada como protesto às medidas em estudo pelo governo que sugerem nova base de cálculo para o pagamento de benefícios da Previdência Social e impõem mais tempo de atividades.
Mais de 90% dos colégios do país fecharam e milhares de cirurgias foram canceladas. Até o momento não houve prejuízos ao transporte aéreo – setor mais ameaçado pela paralisação. Ao redor de 400 mil enfermeiras e auxiliares, técnicos da área da saúde, funcionários da limpeza e administrativos aderiam à greve.
Segundo informações da emissora britânica BBC, das 21,7 mil escolas do país, só 2,7 mil estão funcionando. O Governo estima que cerca de 60 mil cirurgias não urgentes, assim como consultas médicas e exames tenham sido cancelados na Inglaterra. Na Escócia, houve o adiamento de 3 mil operações e milhares de consultas. Normalmente, são realizadas 28 mil operações e 60 mil consultas na Inglaterra.
Os sindicatos reagem às reformas, propostas pelo governo, de mudanças na Previdência Social do setor público. Pelas propostas, o cálculo das pensões, de acordo com os salários de fim de carreira pela média dos anos de trabalho, levará à redução de valores dos benefícios.
A paralisação atingirá escolas, órgãos públicos - como atendimento em centros de emprego, tribunais, museus, bibliotecas -, a área de inspeção de finanças, policiais e enfermeiros.
O TUC (Trades Union Congress), central que reúne 58 dos principais sindicatos do país, disse que será a maior mobilização em mais de 30 anos.
Esta é a maior paralisação de força organizada no Reino Unido desde a greve geral de 1926 pelos direitos dos mineiros e o maior confronto ao Governo conservador desde a época da primeira-ministra Margaret Thatcher, que nos anos 80 ilegalizou as greves gerais.
Nos últimos meses, a Grécia e Portugal viveram dias de paralisação. Nos dois países, os trabalhadores temem reformas propostas pelo governo para combater os impactos da crise econômica internacional. As medidas de austeridade sugerem corte de pessoal, redução de salários e benefícios.
Fonte: Opera Mundi
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