Intervenção policial não rima com autonomia universitária, pré-requisito essencial para as atividades de docência, pesquisa e extensão. Bastaria isto para repudiarmos a invasão da USP. Mas a situação é ainda mais preocupante quando a invasão ocorre por iniciativa de quem, por principio, deveria ser o maior responsável para que a universidade fosse ciosa desta autonomia: o reitor. Este se torna co-responsável por uma ofensiva que não atinge apenas a USP, mas o conjunto da vida universitária brasileira.
Comprova-se, mais uma vez, que os inimigos da universidade livre e autônoma, assim como os que a defendem, estão dentro e fora do campus. Movimentos sociais, dentro e fora da universidade, não devem ser criminalizados. A defesa da autonomia universitária confunde-se cada vez mais, em toda a sociedade, com a defesa da democracia.
NEILS - Núcleo de Estudos de Ideologias e Lutas Sociais.
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