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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Brasil deve ser último país a deixar Haiti, diz general


Da redação JCNet / Com Reuters
O Brasil deve ser o último país a retirar completamente suas tropas do Haiti, que ainda se recupera dos efeitos do devastador terremoto do ano passado, disse o general brasileiro que comanda a missão de paz da Organização das Nações Unidas na nação caribenha.
Como líder militar da missão de paz, conhecida como Minustah, o Brasil é o maior contingente de militares estrangeiros no Haiti, com 2.100 homens, e suas tropas são responsáveis pelo patrulhamento da capital Porto Príncipe, incluindo regiões sensíveis, como os bairros de Bel Air e Cité Soleil, ainda considerados violentos.
De acordo com um plano recentemente aprovado pela ONU, serão retirados cerca de 2.700 homens da missão, reduzindo o contingente a 10.600 soldados e policiais, nível anterior a janeiro de 2010, quando a presença foi ampliada como resposta ao devastador terremoto que atingiu o Haiti, e que matou mais de 250 mil pessoas.
"A redução é parte da política da ONU... Até agora, a Minustah teve bons resultados, (então) é capaz de começar a pensar em reduzir as tropas", disse o general Luiz Ramos, citando melhorias nos níveis de segurança, que permitirão maior empenho nos trabalhos de reconstrução do país.
"O Brasil deve ser o último a sair, mas a decisão final depende de Nova York (da ONU)", acrescentou o general, sem citar possíveis prazos para uma retirada total das forças.
Outro alto integrante militar da missão, sob condição de anonimato, disse, no entanto, haver estudos na entidade com cenários para a retirada total das tropas da ONU, mas também não citou prazos.
A Minustah foi criada em 2004, após uma sangrenta revolta que levou à queda do então presidente haitiano, Jean Betrand-Aristide, que retornou ao país em março após sete anos no exílio.
A Minustah enfrenta crescente impopularidade entre haitianos, agravada após alegações de que soldados nepaleses da força de paz teriam causado a epidemia de cólera que matou mais de 6 mil pessoas no país e por acusações de que um grupo de militares uruguaios teria abusado sexualmente de um haitiano de 18 anos.
Fonte:  Jcnet

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