A
população pobre resiste aos ataques promovidos pelos grandes capitalistas que
querem salvar os lucros a qualquer custo
Um dos componentes principais
da luta das comunidades pobres e das periferias é contra a especulação
imobiliária, que carrega consigo a sombra das remoções forçadas. São muitos os
problemas que o povo pobre e trabalhador enfrenta diariamente nas comunidades
brasileiras. O habitacional é um dos maiores – terra, moradia e serviços
públicos de péssima qualidade. Os grandes capitalistas se valendo do controle
do estado promovem ataques contra a população pobre com o objetivo de
expulsa-los dos locais de moradia e garantir grandes lucros com as obras de
remoção, viabilizadas em cima de recursos públicos, a construção de
apartamentos e condomínios de luxo, e de obras orientadas ao turismo. Esses
ataques sempre fizeram parte do Brasil, mas se tornaram muito mais frequentes e
truculentos a partir de 2009, quando a crise capitalista mundial atingiu em
cheio o País.
Inicialmente, se concentraram
nas favelas do Rio de Janeiro, que contam com localização geográfica
privilegiada, devido aos eventos esportivos, o Mundial de Futebol e as
Olimpíadas, que abriram a possibilidade de criar grandes empreendimentos
turísticos com dinheiro público. Rapidamente, a especulação imobiliária avançou
na cidade de São Paulo, Belo Horizonte e em praticamente todas as principais
cidades. A migração de enormes volumes de capitais imperialistas dos países
desenvolvidos para os países atrasados, por causa da bancarrota da especulação
imobiliária, a chamada subprime, em 2008 nos países desenvolvidos, provocou que
o preço dos imóveis em várias cidades brasileiras triplicassem nos últimos
cinco anos.
Os moradores que não são
removidos ficam sufocados com o aumento do custo de vida e também acabam sendo
expulso para locais mais distantes. Os removidos, no melhor dos casos apenas
recebem uma bolsa aluguel de R$ 350 mensais por até um ano.
Fonte: Causa
Operária on line
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