em 29 de janeiro de 2014
Dados
da Receita Federal apontam que igrejas arrecadaram mais de R$ 60 milhões por
dia em 2012
O valor arrecadado pelas
igrejas evangélicas e Católica em 2012 foi de R$ 21,5 bilhões, quantia 4,3%
superior a 2011. Nem o cenário de pouco crescimento econômico freou o aumento
da arrecadação pelas denominações.
Os dízimos e ofertas são
responsáveis por 72% desse valor, sendo que os 28% restantes são obtidos
através de venda de produtos ligados à fé, segundo o jornal Estado de Minas.
O estudo feito a partir dos
dados da Receita Federal mostra que as igrejas cristãs do Brasil arrecadam
aproximadamente R$ 60 milhões por dia. Este dado tem extrema importância para
compreender a força dos cristãos na sociedade brasileira.
Como igrejas não pagam
impostos, muitas delas investem no mercado financeiro como forma de
potencializar as receitas obtidas a partir das doações dos fiéis. Entretanto, o
lucro gerado a partir dessas operações é usado como forma de garantir que os
projetos das denominações sejam concretizados.
“Não há uma relação de lucro
nem de acumular, mas de investir naquilo que ela [a igreja] acredita, que é a
fé”, argumenta o vigário Flávio Campos, da Igreja de São José, de Belo
Horizonte.
No entanto, o professor Eduardo
Gusmão, do Núcleo de Estudos Avançados em Religião e Globalização da PUC de
Goiás, pondera que ao final das contas, essas incursões no mercado financeiro
não deixam de gerar ganhos: “O lucro pode não ser a finalidade última, mas se
toda instituição religiosa quer crescer de alguma forma, ela precisa ganhar
mais do que gasta, e isso não deixa de ser lucro”, resume.
Poucas denominações prestam
conta publicamente de suas arrecadações e destinação dos valores recebidos dos
fiéis. Esse fato é corroborado por um operador do sistema financeiro que foi
entrevistado pelo jornal e preferiu permanecer anônimo: “Com uma captação
garantida e, de certa maneira, fácil, a preocupação maior das igrejas é
proteger recursos. Elas movimentam uma quantia monstruosa, mas não têm
interesse algum em aparecer. O objetivo é pulverizar investimentos e chamar o
mínimo de atenção”.
Fonte: GNotícias
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